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29/09/2025
8 em cada 10 brasileiros substituíram produtos por opções mais baratas
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 29/09/2025

Foto: Adobe Stock
Com orçamento apertado, 82% dos entrevistados em pesquisa realizada pela Neogrid substituíram produtos por opções mais baratas. A decisão foi motivada principalmente pela necessidade de economizar, pela dificuldade em adquirir marcas preferidas e pela resistência em pagar valores acima do usual.
De acordo com o IBGE, a inflação acumulada em 12 meses foi de 5,35%. Já o índice de confiança do consumidor da FGV IBRE ficou em 85,9 pontos em junho de 2025.
O consumidor sente o peso no bolso: 95% notaram aumento nos preços de supermercado nos últimos 12 meses e 55% acreditam que essa tendência deve continuar. Os dados fazem parte do estudo “Consumo em Tempos de Inflação e Repriorização”, realizado em parceria com a Opinion Box.
Entre as categorias mais afetadas estão produtos de limpeza (68,86%), higiene pessoal (57,06%), alimentos e bebidas (53,77%), carnes e derivados (53,04%), cosméticos (29,20%) e ovos e lácteos (28,71%).
No 1º semestre do ano, itens como café em pó e em grãos registraram alta média de 42,2%, enquanto os ovos subiram 8,2%.
“Para a indústria e o varejo, entender esse movimento é essencial: quem conseguir traduzir esses sinais em estratégias inteligentes terá condições de se conectar melhor com o shopper, oferecer alternativas acessíveis e fortalecer a relação de confiança”, afirma Christiane Cruz Citrângulo, diretora-executiva de Marketing e Performance da Neogrid.
A pesquisa sugere que 63% dos consumidores voltariam a comprar os produtos abandonados caso os preços retornem ao patamar anterior.
Pequenos prazeres e datas comemorativas
O levantamento identificou ainda que 73% dos consumidores mantêm itens considerados “mimos”, como chocolates (45%), refeições fora de casa (45%), pedidos por delivery (32%) e bebidas alcoólicas (19%).
Além disso, 51,3% afirmaram que continuaram comprando em datas comemorativas, mas com menor gasto; 24% mantiveram o consumo sem alterações e 19% disseram não ter feito compras nessas ocasiões. Para os próximos meses, 60% pretendem manter as compras em celebrações.
“Mesmo em tempos de incerteza, datas comemorativas carregam um forte simbolismo. As pessoas podem gastar menos, contudo, dificilmente abdicam de celebrar. Isso demonstra a resiliência de aspectos culturais e afetivos no nosso padrão de consumo”, Citrângulo finaliza.
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