O crescimento do formato de proximidade e a estratégia por trás da multiplicação da Oxxo
POR Alessandra Morita
EM 05/07/2024
Foto: Adobe Stock
O formato de proximidade está entre os que mais crescem no varejo alimentar. Um indicador disso é o aumento de 44% no número de pessoas trabalhando em lojas com perfil voltado à compra de conveniência entre 2020 e 2024. O dado é da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
Presença importante entre os formatos visitados pelos consumidores, que frequentam entre 7 e 9 canais para suprir suas necessidades de compras, o modelo vem se diversificando. Com a pandemia, por exemplo, se multiplicaram as unidades presentes em condomínios. A maioria delas fruto de tecnologias que permitem operar sem a presença de funcionários, atendendo compras rápidas e de ultraconveniência.
Crescer com o formato passa por alguns desafios, como a complexidade no ajuste do sortimento e da operação, entendendo categorias e seções capazes de alavancar fluxo e tíquete. Soma-se a isso o custo logístico do modelo, com lojas geralmente localizadas em grandes centros urbanos. Isso explica, em boa parte, o acelerado crescimento do número de lojas da Oxxo no Estado de São Paulo, o que ajuda tanto a cobrir mercado quanto a ganhar uma escala que compense o abastecimento de lojas muito pequenas.
A bandeira abriu sua primeira filial no Brasil em dezembro de 2020 e já soma mais de 500, distribuídas em 17 cidades paulistas. Só na região de São José dos campos, onde inaugurou nesta semana uma unidade, deverá alcançar 30 até o ano que vem. Dentro das lojas, os atrativos encontram alicerces nas fornadas de pão e nas famosas coxinhas, pois ambos servem de trampolim para o consumo de outros produtos.
Nos cinco países em que atua, a Oxxo conta com 22.866 lojas e atende mais de 12 milhões de consumidores diariamente no México, Colômbia, Chile e Peru, além do Brasil. A operação na região das Americas responde por 39,6% da receita total do Grupo Femsa, detentora da marca.
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Alessandra Morita
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