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22/02/2025
Entenda como os marketplaces têm se inserido no cenário competitivo do varejo alimentar
POR Barbara Fernandes
EM 21/02/2025
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Foto: Adobe Stock
O varejo alimentar é o setor que mais cresce no e-commerce brasileiro, segundo o Emarketer, e as plataformas como Amazon e Mercado Livre estão de olho nessa tendência. Cada vez mais, esses marketplaces se inserem no cenário competitivo com uma grande variedade de produtos – muitos que não são facilmente encontrados nas lojas físicas convencionais – além de ofertas diferenciadas e condições variadas de pagamento e entrega.
No caso do Mercado Livre, por exemplo, a busca por itens de supermercado cresceu 34% no último ano. Alguns dos produtos dessa categoria também lideraram as vendas de boa parte dos estados brasileiros, como é o caso da cerveja e do sabão em pó.
Já a Amazon tem investido na ampliação da sua frente alimentar nos últimos anos, tanto no Brasil, como internacionalmente. Um dos últimos lançamentos foi o Amazon Saver, nos EUA – uma marca própria que oferece itens por menos de US$ 5, e com descontos de até 10% para os membros do Prime.
Em 2017, a empresa multibilionária também comprou o Whole Foods, que hoje conta com mais de 500 lojas. Já em 2018, capturou 30% dos gastos com compras de alimentos online nos EUA, evidenciando o crescimento significativo do e-commerce no setor e estimulando a inovação e a concorrência.
A frente americana da Amazon também acaba de conquistar um feito histórico: ultrapassou a receita do Walmart em cerca de R$ 7,3 bilhões durante o 4º trimestre de 2024. Para se ter uma ideia, o varejista alimentar alcançava o maior faturamento por trimestre desde 2012.
Também atenta à tendência, a indústria tem investido em promoções especiais para seus itens dentro dessas plataformas. Um exemplo ocorreu na última Black Friday, quando a Kellanova forneceu descontos de até 40% na Amazon, Shopee e Magalu. A Mondelez Brasil também demonstrou interesse em reforçar sua parceria com os marketplaces.
Apesar de não ser o principal destino para as compras de supermercado, é fato que com o aumento nos preços, a busca pela maior oferta cresce. E esse é um dos maiores impulsionadores para esses canais de marketplace online. No Brasil, eles ainda representam um percentual relativamente pequeno no montante das vendas do varejo alimentar, porém a tendência é que esses canais conquistem cada vez mais os consumidores. Por isso é preciso ficar atento e aprender com as estratégias aplicadas para não ficar para trás.
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Barbara Fernandes
Repórter