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A alta rotatividade continua sendo um desafio para empresas brasileiras. Pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas) mostra que companhias com cultura organizacional clara conseguem reduzir em até 25% a saída de colaboradores, o que impacta diretamente na produtividade e estabilidade.

Alexandre Slivnik, especialista em excelência de serviços e vice-presidente da ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento), afirmou que liderar com valores claros permite que o colaborador perceba sentido no trabalho. Além disso, a atuação com propósito inspira equipes, aumenta o engajamento e fortalece vínculos. Ainda de acordo com o especialista, empresas que não valorizam o capital humano sofrem mais com a perda de profissionais.

“O cliente encantado é reflexo de uma equipe encantada. Líderes que atuam com propósito genuíno não só retêm talentos, como ampliam a capacidade de oferecer experiências memoráveis aos clientes”, explica Alexandre Slivnik, especialista em excelência de serviços e vice-presidente da ABTD. 

Substituir um colaborador pode custar até o dobro de seu salário anual, devido a gastos com recrutamento, treinamento e perda de produtividade. Para enfrentar esse cenário, o executivo recomenda que líderes atuem como exemplos práticos dos valores da empresa.

“O engajamento de uma equipe sempre seguirá a lei da gravidade: vem de cima para baixo. Quando o líder está conectado ao propósito, contagia a equipe. Caso contrário, a cultura se perde e a rotatividade aumenta”, afirma.

Slivnik também citou que programas de desenvolvimento de lideranças têm impacto direto no desempenho. Estudo da FGV sobre confiança organizacional mostrou que empresas que investem nesse tipo de capacitação registram aumento de 32% na produtividade. 

“Quando colaboradores encontram significado no que fazem, eles se tornam embaixadores da empresa. Essa é a forma mais sólida de garantir retenção, engajamento e crescimento sustentável”, finaliza.