22/01/2025
Especialista destaca 8 tendências para o varejo em 2025
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 20/01/2025
Foto: Adobe Stock
Em 2025, o varejo será impulsionado pela digitalização, mudanças no comportamento do consumidor e avanços tecnológicos. Empresas que desejam se destacar deverão adotar estratégias ágeis, focadas em inovação e alinhadas a um mercado mais competitivo e exigente.
Quem destaca é Anderson Ozawa, CEO da AOzawa Consultoria, e especialista em governança operacional e corporativa. “A preparação para o futuro exige ações agora, como capacitação de equipes, revisão de processos e adoção de tecnologias emergentes. Os varejos deixarão de ser analógicos ou simplesmente deixarão de existir”, conta o CEO.
Confira as principais tendências e desafios que moldarão o setor neste ano:
Tecnologia como pilar estratégico
Em termos de tecnologia, as maiores tendências são: o metaverso no varejo, ou seja, espaços de compra virtual onde consumidores podem explorar e adquirir produtos enquanto interagem em comunidades virtuais; os pagamentos invisíveis, como checkouts automatizados que usam sensores e IA para identificar e debitar os itens adquiridos.
O especialista também destaca o blockchain para rastreabilidade, que garante a origem e autenticidade de produtos.
Consumidor hiperconectado e foco na experiência
O consumidor também estará mais conectado e exigirá experiências únicas, rápidas e fluídas. Por isso, é essencial investir na hiperpersonalização, lojas sensoriais que integram a realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR); e assistentes virtuais, como chatbots ou assistente por voz com IA.
E-commerce potencializado pelo Social Commerce
O varejo alimentar poderá ser impactado por duas tendências que estão em andamento: a “shoppable livestreams”, que consiste em vendas ao vivo integradas a plataformas como Instagram e TikTok; e as parcerias com influenciadores para criar linhas exclusivas ou campanhas baseadas na experiência do usuário.
Logística reimaginada e otimizada
Segundo Ozawa, o consumidor exigirá prazos de entrega cada vez menores. Nesse sentido, é recomendado estar atento às entregas por drones e robôs, já utilizado pela Amazon em alguns locais do EUA e uma forma de reduzir custos e tempos de entrega.
Outra estratégia que está sendo aplicada são os micros fulfillment centers, armazéns automatizados mais próximos do consumidor final, que funcionam com o objetivo de atender rapidamente a demandas locais.
Por fim, temos os estoques preditivos, que, com o auxílio da IA, prevê padrões de demanda e minimiza rupturas ou excessos.
Prevenção de Perdas 4.0
Em relação as perdas, o especialista destaca a prevenção integrada por IoT, que consiste em sensores que funcionam em tempo real e identificam possíveis furtos ou perdas operacionais antes que ocorram.
Há também a crescente preocupação com os ataques cibernéticos, e os indicadores baseados em blockchain, que funcionam como auditorias em tempo real para rastrear perdas e melhorar a governança operacional.
Elevação das lojas físicas
“As lojas físicas não desaparecerão, mas seu papel será reinventado. Cada vez mais veremos o fortalecimento da era phygital – integração do físico com o digital. Exemplo disso são os provadores inteligentes em lojas de roupas, que recomendam produtos baseados no histórico de compras online”, conta Ozawa.
O especialista ainda salienta a importância de lojas funcionarem como centros de experiência, enquanto também suportam a logística de última milha.
Governança e transparência
Com a complexidade das operações e maior regulamentação, a governança será essencial. De acordo com Ozawa, 2025 será marcado por iniciativas que visem diversidade na liderança e na cadeia de valor, o fortalecimento dos laços locais e impacto social positivo; e CEOs e líderes que colocam valores éticos no centro de suas decisões estratégicas.
Sustentabilidade elevada ao nível de necessidade
Em relação à sustentabilidade, as tendências giram em torno dos produtos regenerativos, por exemplo, que utilizam plásticos retirados do oceano. A implementação de cadeias de suprimentos neutras em carbono, incluindo entregas last mile por veículos elétricos ou drones, também deve ganhar força.
“Há ainda a economia circular digitalizada, que são sistemas integrados que permitem rastrear o ciclo de vida de um produto, incentivando o reaproveitamento ou reciclagem”, finaliza o CEO.