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10/11/2025
Inflação, tarifaço e variações climáticas influenciam o consumo e exigem revisão das estratégias comerciais
POR Bárbara Fernandes
EM 30/10/2025

Foto: Adobe Stock
Acompanhar as movimentações econômicas e de consumo é determinante para estratégias mais assertivas. No planejamento comercial entre varejo e fornecedor, isso não é diferente.
Estar atento ao cenário macroeconômico e às principais tendências é um fator importante para o sucesso dos planos comerciais conjuntos. Ter como base dados concretos ajuda a entender como lidar com as intempéries do cenário e a definir ações mais assertivas e em linha com a evolução do mercado.
Em um cenário ainda pressionado pela inflação, impactos climáticos e transformação tecnológica acelerada, varejo e indústria precisam se manter atualizados para atrair o consumidor final.
O que 2025 mostra até aqui?
Apesar de ter encerrado o 1º semestre com saldo positivo, o varejo alimentar viu desacelerar seu crescimento neste ano. No Brasil, a evolução média nos primeiros seis meses de 2025 foi de 1,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já em 2024, a evolução do setor nos primeiros seis meses do ano havia alcançado um aumento de 6,6% sobre 2023. E esse cenário se repete na maior parte dos Estados, segundo dados da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), do IBGE.

De olho nas gigantes do setor
As maiores empresas do varejo alimentar brasileiro também registraram avanços significativos no 1º semestre. De acordo com as informações compiladas pela 6ª edição do Varejo Alimentar em Contexto, relatório exclusivo desenvolvido pela SA+, o Grupo Mateus foi o grande destaque, com aumento de 13,7% na receita total e de 5,7% nas mesmas lojas.
As outras duas empresas de capital aberto – Assaí e GPA, tiveram avanços relativamente mais contidos, sendo que os menores números foram registrados pela empresa responsável pela bandeira Pão de Açúcar, com aumento de 5,2% na receita total e de 3,9% nas mesmas lojas.
O relatório também contemplou o resultado separado das bandeiras de atacarejo e varejo. Confira a tabela abaixo:

Consumidores estão gastando mais e comprando menos
A pesquisa Radar Scanntech sobre o acumulado de janeiro até agosto de 2025 mostra outro cenário. Com crescimento de 6,1% no faturamento do setor, fortemente impulsionado pelo aumento nos preços por unidade (+7,5%). Enquanto isso, o fluxo em loja teve um ligeiro avanço de 0,5%, e a quantidade de unidades caiu 1,3%.
A pesquisa também levantou dados específicos de cada formato, o que revela uma evolução contida dos atacarejos em faturamento, acompanhado da maior queda no volume de unidades.

Mudanças climáticas
As mudanças climáticas afetam diretamente a produção de grande parte dos alimentos e bebidas. Em 2024, o 1º semestre foi marcado pelas inundações no Rio Grande do Sul. Já neste ano, as temperaturas mais baixas contribuíram para a queda de unidades de itens típicos do calor. A cerveja, por exemplo, representou 18% da queda geral por unidades, e o suco foi responsável por mais de 8% da retração. Outros produtos, como sabonete, desodorante e refrigerantes, somaram 15% da retração em unidades.
Os impactos do tarifaço
No cenário macroeconômico, as tarifas impostas ao Brasil pelo governo dos EUA apresentam seus primeiros impactos. Ainda segundo dados do Radar Scanntech, a oferta elevada já pode ser sentida nos preços/kg das categorias mais exportadas. Veja a seguir:

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