Curitiba tem a maior elevação nos preços da cesta em setembro
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 21/10/2024
Foto: Adobe Stock
Em setembro, os preços da cesta básica de alimentos aumentou na maioria das capitais, em especial Curitiba e Manaus (+3,5% e +2%, respectivamente). Em contrapartida, Rio de Janeiro – que vinha apresentando aumento mês a mês – e Fortaleza tiveram quedas de 1,4% e 1,3%.
Apesar da queda, a capital carioca permanece com a cesta básica mais cara (R$ 1046,44), seguida por São Paulo, com acréscimo de 1% em relação a agosto (R$ 934,08). Já em movimento contrário as cestas de menor valor são a de Belo Horizonte (R$ 676,54), Curitiba (R$ 748,99) e Brasília (R$ 772,18).
Os dados pertencem a Neogrid e fazem parte do levantamento Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE, realizado mensalmente em oito capitais, que também traz informações sobre os alimentos e a cesta de consumo ampliada.
Em relação aos itens que contemplam essa cesta, o café em pó foi o único com elevação em todas as capitais. Já o leite UHT, açúcar, massas alimentícias secas e frango registraram aumento em sete das oito regiões analisadas. Itens como manteiga, óleo, farinha de mandioca, feijão e fubá também tiveram elevação nos preços da maior parte das capitais.
A elevação nos preços do café, leite UHT e açúcar estão fortemente relacionadas às mudanças climáticas. Segundo Anna Carolina Fercher, head de customer success e insights da Neogrid, o cultivo dos grãos de café e plantações de cana de açúcar sofreram prejuízos em decorrência das secas, o que também aumentou a necessidade de suplementação do gado leiteiro.
Dentre as categorias que apresentaram queda na maior parte das capitais o destaque vai para a carne bovina, legumes, frutas e arroz.
Curitiba apresenta maior elevação na cesta de consumo ampliada
A pesquisa também analisou a cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas, produtos de higiene e limpeza, e verificou um aumento na maior parte das regiões, com destaque para Curitiba e São Paulo, que tiveram acréscimos de 3% e 2,9%, respectivamente. Assim como a cesta básica, o Rio de Janeiro registrou a cesta mais cara (R$ 2.428,89) apesar da queda em relação a agosto. Logo em seguida está a capital paulista com R$2.207,17 e Belo Horizonte com R$1.894,36. As mais baratas foram Salvador, Manaus e Belo Horizonte.
Dos 33 itens inclusos nessa cesta, o creme de leite, detergente, requeijão, biscoitos, molho de tomate, cerveja e refrigerante registraram elevação no preço em todas as capitais. Já o suco pronto, queijos e creme dental apresentaram aumentos em sete das oito cidades.
De acordo com o levantamento, o aumento no valor da cesta em setembro vem do repasse dos custos de produção, seja por insumos nacionais ou importados, e o aumento do dólar que estimula a exportação e torna a importação mais cara.