07/06/2025
Vendas em unidades caem quase 3%, mas faturamento sobe cerca de 5% em maio
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 06/06/2025

Foto: Adobe Stock
O varejo alimentar brasileiro fechou maio de 2025 com queda de 2,9% nas vendas em unidades, segundo a pesquisa Radar Scanntech, divulgada nesta quinta-feira (5).
A retração, que atingiu principalmente categorias básicas como arroz, feijão, água e sabonete, é atribuída a uma base de comparação inflada pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024, impulsionando as vendas naquele período.
Apesar da retração nas unidades, o faturamento nacional avançou 4,8% na comparação anual, impulsionado por um aumento de 7,7% no preço por unidade. No acumulado do ano, de janeiro a maio, o setor apresenta crescimento de 6,1% em faturamento, mesmo com queda de 1% nas unidades vendidas.
O cenário ainda é marcado por volatilidade. Em maio deste ano, houve leve crescimento nas vendas unitárias em relação a abril, mesmo com a diferença de calendário (abril contou com a Páscoa, enquanto maio foi impulsionado pelo Dia das Mães). “O consumo segue demonstrando resiliência, ainda que limitado por fatores como o endividamento das famílias”, afirma o relatório.
A Scanntech também cita fatores positivos no horizonte, como aumento da renda média, queda do desemprego e maior confiança do consumidor.
Variação por regiões
As diferenças regionais ajudam a ilustrar os impactos da base inflada de 2024. A região Sul, mais afetada pelas enchentes do ano passado, apresentou a maior retração de unidades (-4,2%) e o menor crescimento de faturamento (1,9%). Já o Centro-Oeste (+7,2%) e o Nordeste (+5,8%) lideraram os avanços em faturamento, mesmo com queda nas unidades vendidas. Confira os dados por região:
Atacarejos e cestas de produtos
No recorte por canal, os atacarejos regionais foram os que mais sentiram a retração nas unidades vendidas (-4,4%), entregando o menor avanço no faturamento (+2,4%).
Entre as cestas de produtos, os perecíveis se destacam como a única com crescimento em unidades, tanto na comparação mensal (+1,1%) quanto no acumulado do ano (+1,6%).
Já a mercearia básica registrou forte alta de preços: +7,6% em maio e +7,2% no acumulado de janeiro a maio.
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