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06/06/2025
Consumidor mais seletivo provoca retração no volume de vendas de pães e massas
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 04/06/2025

Foto: Adobe Stock
O comportamento do consumidor brasileiro no início do ano tem refletido um cenário de maior seletividade na compra de alimentos industrializados como massas, bolos, biscoitos e pães.
Segundo levantamento da NielsenIQ para a Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), esses itens movimentaram R$ 19 bilhões entre janeiro e abril, alta de 2,7% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar disso, algumas categorias apresentaram queda no volume de vendas, sugerindo mudanças nos critérios de escolha.
Exemplo disso são os biscoitos, que registraram retração de 3,6% em volume, mesmo com aumento de 0,9% no faturamento, que somou R$ 10,8 bilhões. Algo semelhante ocorreu com as massas alimentícias, que mantiveram o mesmo valor nominal do ano anterior (R$ 1,9 bilhão), mas apresentaram queda de 0,7% no volume comercializado.
Contudo, a categoria de bolos foi a que mais cresceu proporcionalmente: o faturamento chegou a R$ 900 milhões, com alta de 12,5%. O volume também aumentou 8,8%, totalizando 21 milhões de toneladas. Já os pães industrializados apresentaram aumento de 5,9% em valor e 3,5% em volume.
“A performance positiva de categorias como bolos e pães industrializados reforça uma tendência de conveniência no consumo cotidiano, enquanto a estabilidade de massas e o recuo leve de biscoitos indicam um mercado mais maduro e sensível ao preço. O cenário do primeiro quadrimestre de 2025 revela um consumidor mais atento, que equilibra praticidade, qualidade e custo-benefício na hora da compra”, afirma Claudio Czarnobai, chefe de Pequenas e Médias Empresas para a América Latina na NielsenIQ.
“Os números mostram um setor em movimento, com categorias em diferentes estágios de maturação e comportamento de mercado. Enquanto algumas mantêm estabilidade ou registram leve retração em volume, conseguimos crescer em valor agregado — reflexo direto do esforço da indústria em investir em portfólio, diferenciação e gestão eficiente”, analisa Claudio Zanão, presidente executivo da Abimapi.
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