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O Grupo Carrefour anunciou no início do ano sua intenção de fechar o capital no Brasil para “focar exclusivamente nas operações principais e contribuir ainda mais na estratégia do Grupo de continuar a oferecer retorno superior aos acionistas.” Isso faria com que a empresa francesa passasse a ter 100% do capital da frente brasileira. Hoje, a holding possui cerca de 70% da varejista.

 

Inicialmente, a votação foi marcada para hoje (07), mas foi adiada para o fim do mês, no dia 25 de abril. Na oferta original, o grupo iria pagar R$ 7,70 por cada ação. Porém, depois da mobilização dos acionistas minoritários contra a oferta inicial para fechar o capital do Atacadão e solicitação por um preço melhor, a empresa anunciou um aumento da oferta para R$ 8,50. Segundo o comunicado do Grupo, essa nova relação de troca dá aos acionistas da empresa a oportunidade de garantir liquidez em termos justos.  

 

O movimento foi impulsionado também pelas consultoras Glass Lewis e ISS, além de analistas do Santander que estavam aconselhando os acionistas a votarem contra a proposta de fechamento do capital para garantir um prêmio mais alto.

 

Em movimento contrário, a Península Participações, segundo maior acionista do Atacadão, apoiou o fechamento do capital desde o primeiro anúncio. Recentemente, o family office da família Diniz também dividiu seus fundos para auxiliar a operação. Agora, 4,9% do controle permanece com a Península, e os 2,4% restantes passarão a ser administrados por um fundo separado, para que possam ser contados como free float e votar na proposta.

 

Para bloquear ou aprovar o acordo, os acionistas precisam de pelo menos metade do free float da empresa, que atualmente, com a movimentação da Península, alcança quase 600 milhões em ações – cerca de 27,6%.

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Fonte: Bloomberg Línea