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Entre 20% e 25% das lojas de bairro da carteira de clientes da indústria não recebem visitas, o que resulta em perdas significativas. Esse déficit não só afeta o volume de vendas dos distribuidores, mas também coloca os varejistas de bairro em risco de ficarem sem estoque ou recorrerem aos concorrentes. 

 

As informações pertencem a um estudo realizado pela Yalo, plataforma inteligente de vendas, e também demonstram que, em média, cada representante de vendas de indústrias e distribuidores tem oito minutos por visita no comércio local: dois para revisar o pedido já realizado e seis para consultorias ou gestões adicionais. Além disso, essas visitas implicam custos elevados para as empresas, o que limita sua frequência. 

Há também o problema dos impactos externos. Representantes de vendas conseguem visitar 20 a 60 lojas diariamente, mas são impactados fortemente por imprevistos como trânsito, condições climáticas adversas ou problemas logísticos. Esses fatores, combinados com a capacidade limitada das equipes, pode ocasionar em uma redução da cobertura, deixando 20% a 50% do comércio sem o atendimento necessário. 

 

Outro alerta levantado pelo estudo é que metade dos materiais de marketing não são implementados corretamente, ou os itens são mal posicionados, gerando uma perda de até 15% no potencial de vendas da indústria. 

 

Por esses motivos, Manuel Centeno, cofundador e General Manager Brasil da Yalo, recomenda que as grandes marcas e distribuidores adotem tecnologia baseada em IA, que podem levar a um crescimento de dois dígitos nos lucros totais.

 

Ferramentas de análise de dados em tempo real e plataformas omnicanal para a estratégia comercial também podem aprimorar a comunicação entre indústria e varejistas de bairro. Para se ter uma ideia, com a adoção desses recursos e a IA é possível aumentar em até 12% o tíquete médio e recuperar entre 5% e 8% das vendas perdidas devido à dificuldade de cobertura de território.