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Dando início a temporada de divulgação de resultados do varejo alimentar no 2T24, o Carrefour irá compartilhar seus dados na próxima segunda-feira (22). Com isso, analistas do XP, Bradesco BBI e Itaú BBA avaliam quais os cenários possíveis para os quatro maiores varejistas do Brasil.

A inflação alimentar deve acelerar até o terceiro trimestre, algo que pode impactar positivamente o setor como um todo, em especial os atacarejos, segundo o Bradesco BBI

Carrefour  

 

A expectativa dos analistas do setor para o Grupo, que faturou R$ 115,45 bilhões no país em 2023, são, em boa parte, positivas. Devido a maturação de diversas lojas, o XP acredita que as vendas nas mesmas lojas irão crescer.

 

Graças aos esforços para a expansão das marcas Atacadão e Sam’s Club, também é esperado que essas bandeiras compensem eventuais ajustes no segmento. Ainda segundo o XP, o Ebitda da empresa deve ficar em R$ 1,5 bilhão, com um lucro líquido de R$ 191 milhões. 

 

O Itaú BBA também acredita que o Carrefour será o destaque do trimestre com um aumento de 5,4% nas vendas mesmas lojas de seu atacarejo e aumento anual de 0,6% na rentabilidade consolidada, com margens melhores no varejo.

 

Já o Bradesco BBI alterou sua preferência de Assaí para Carrefour e espera que a empresa de origem francesa apresente um impacto menor das taxas de juros e sinta mais os impactos positivos da inflação alimentar. Assim, o banco espera que o Carrefour apresente a melhor margem e o lucro mais forte do setor. 

 

Assaí

 

Para os analistas, o segundo maior varejo alimentar do Brasil, que faturou R$ 72,78 bilhões em 2023, terá resultados estáveis. O Itaú BBA, por exemplo, estima que esse será um trimestre “sem grandes eventos” para a empresa. Dentre os motivos apontados para esse resultado está a desaceleração na receita, com crescimento de 13% – 1,1 p.p a menos do alcançado no 1T24.

 

O Bradesco BBI avalia que o Assaí deve manter uma margem Ebtida estável. O banco ainda acrescenta que, para a empresa recuperar sua posição de primeira escolha da cobertura é preciso uma redução no endividamento medido pela relação dívida líquida/Ebitda de cerca de 3x neste ano.

 

O XP concorda com a desaceleração na receita e projeta números mistos. Para eles, a margem bruta deve aumentar 0,3 p.p. em relação ao ano anterior, principalmente por causa da maturação das lojas e crescimento dos serviços. Já o lucro líquido deve alcançar R$ 11 milhões, uma queda de 29% na comparação ano a ano. 

 

Grupo Mateus 

 

Terceiro no ranking de faturamento em 2023 com R$ 30,24 bilhões, o Grupo Mateus deve seguir o caminho do Assaí sem grandes eventos, de acordo com o BBA. Para os analistas, o crescimento na receita do 2T24 também deve desacelerar, com aumento de 18% – queda de 7,8p.p. em relação à aceleração do 1T24.

 

De forma semelhante, o BBI espera que as bases de comparação mais fortes do setor atrapalhem o ritmo de crescimento das vendas nas mesmas lojas. Para o banco, o lucro líquido do varejista terá queda de 3,4%, na comparação anual, enquanto o Ebitda terá alta de 13%.

 

GPA 

 

Por fim, o Grupo que faturou R$ 30,24 bilhões em 2024 deve ter uma alta de 1,6 p.p. na margem Ebitda, para 8,3%, segundo o BBA. Apesar disso, os analistas esperam que os resultados serão neutros no GPA.

 

Fonte: InfoMoney