Vendas no varejo alimentar devem crescer quase 2% em 2024

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Bárbara Fernandes -

Confira os índices econômicos que mais terão influência em seu negócio no próximo ano


Foto: Adobe Stock

Em 2024, o cenário do varejo alimentar será marcado por uma dinâmica intrigante e desafiadora. A crescente digitalização e necessidade de personalização nas estratégias para atrair mais consumidores são assuntos comentados com frequência. Porém, para entender mais a fundo como o ano irá se suceder é preciso estar atento aos índices econômicos do país.

Por isso, conversamos com Isabela Tavares, economista e analista da Tendências Consultoria , para entender quais são as principais expectativas que podem refletir em seu negócio no próximo ano. Confira abaixo:

Segundo a especialista, o consumo das famílias deve crescer devido à redução no comprometimento de renda com dívidas bancárias, aumento do acesso a crédito e redução dos juros bancários. Assim, é esperado que o PIB de consumo das famílias aumente 1,4%. “Esse fator deve auxiliar os segmentos do varejo, com vendas de bens duráveis recuperando crescimento após resultados fracos em 2023”.

Isabela ainda conta que as melhorias no mercado de crédito devem ajudar o consumo de forma geral, principalmente pela tendência de redução do comprometimento de renda, trazendo alívio financeiro para as famílias.

Dessa forma, a expectativa para os comércios do varejo alimentar é positiva. No entanto, a economista destaca que o ritmo de crescimento deverá ser menor em relação ao fechamento de 2023, e um dos principais fatores para isso é o aumento dos preços de alimentação no domicílio, após a deflação inicial desse ano.
 
Para se ter uma ideia, em 2024 a expectativa é que as vendas do setor de supermercados cresçam 1,9%, após estimativa de 4,1% em 2023. Em relação à receita nominal, a expectativa é de 6,7% em 2024, após um crescimento de 8,6% em 2023. 

Ainda em termos nominais, o índice de preços para o segmento de supermercados deve crescer 4,5% após queda de 0,4% em 2023. “Essa elevação está associada aos preços das commodities agrícolas, o que por consequência também eleva o IPCA da alimentação em domicílio e aumenta os preços do segmento”, comenta a especialista. 

Como um todo, o IPCA deve ficar em 3,8% em 2024, após expectativa de 4,6% em 2023. Enquanto isso, o PIB deve crescer 1,5%, após projeção de 2,8% em 2023. 

Em relação à evolução de vendas para os rendimentos, é esperado leve crescimento em comparação ao ano atual (projeção de +1,5%, após +5,0% em 2023, em termos reais). “De um lado, os salários devem ser beneficiados pelo comportamento mais benigno da inflação e pelo reajuste real do salário-mínimo. Porém, de outro, prejudicados pelo ‘efeito composição’, com o retorno das pessoas de menor escolaridade ao mercado de trabalho, após desaceleração das transferências governamentais”.

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