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21/02/2025
Vendas de higiene e beleza crescem, mas varejo alimentar não tem aproveitado
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 11/10/2019
As vendas de higiene e beleza vão bem, mas não no varejo alimentar. Dados Nielsen apontam queda em volume, valor e preço nas lojas do setor. Vários fabricantes, porém, tiveram um bom ano, o que reitera o avanço de outros canais.
Segundo Joana Fleury, Business Development da L’Oréal , a grande tendência são os itens de cuidados faciais, porém hoje 80% desse mercado está nas mãos do canal farma. "O varejo alimentar precisa revisar todo o sortimento de Higiene e Beleza e das categorias adjacentes, para elevar a presença dos faciais”, recomenda. Já em cuidados com o cabelo, 80% do crescimento na L’Oréal veio de inovação. "E há ainda muito espaço no avanço dos produtos de tratamento capilar”, afirma.
Nem todos se queixam
16% alta em cuidados com o rosto
2 dígitos com água Micelar
Enquanto o desempenho decepciona o varejo alimentar, a J&J mantém o otimismo. Silvio Silva, diretor de Professional & Customer Development, afirma que no ano passado:
- Cresceram as vendas de maquiagem, limpeza, hidratação e tratamento de pele
- Aumentou o tíquete médio dos consumidores recorrentes
- Avançou o consumo de higiene infantil em embalagens econômicas
Enquanto os salões de beleza continuam amargando queda no movimento, indústrias como a Condor comemoram. A empresa, fabricante de escova para cabelo, entre outros itens, diz que as vendas têm tido bom desempenho quando a relação custo-benefício fica clara, inclusive de acessórios para as crianças
Brecha aberta
Estudo da
Nielsen
mostra que os consumidores são extremamente multicanal quando se trata de Higiene e Beleza, o que assegura chances de recuperação para o varejo alimentar. Nos últimos seis meses...
40% compraram em perfumaria. Mas, desse percentual, compraram também em
13,9% compraram no atacarejo
A seção de Higiene e Beleza é uma das que geram maior margem para o varejo alimentar. Estudo realizado por SA Varejo mostra que a margem bruta média da seção gira em torno de 31,10%, contra 25,61% da média geral – ou seja, 5,49 pontos percentuais acima
29 bilhões de reais foi quanto movimentou o departamento de HiBe no varejo alimentar no ano passado. O dado é da pesquisa maiores varejistas, realizada por SA Varejo
Fique atento à experiência do cliente nas vendas online da sua empresa. Se antes o consumidor estava mais propenso a reclamar, hoje ele está disposto a compartilhar as experiências positivas
Vendas Online
Cosmético foi a categoria mais avaliada pelo brasileiro em e-commerce, no primeiro semestre deste ano, segundo o “Estudo de Satisfação do E-consumidor”, da Yourviews by Hi Platform . O levantamento considerou as opiniões de pessoas em cerca de 700 e-commerces e revelou que 92% das avaliações foram positivas. Cosmético liderou os comentários com 14% do total, acima de outras categorias, como moda. De olho no potencial do e-commerce, a J&J está trabalhando para ampliar a relevância da marca em marketplaces.Segundo Silvio Silva, diretor da companhia, dados Ebit/Nielsen apontam que perfumaria ficou com 18% do volume de compras online no fim de junho de 2019.
92% das avaliações foram positivas
14% do total de comentários foi para cosméticos
Uma boa oportunidade de vendas são as escovas para cabelo. segundo a condor, o ideal é expor perto de shampoos para incentivar a compra e elevar o tíquete médio
Fundamentos
Fátima Merlin, sócia-fundadora da
Connect Shopper
, propõe:
- Clareza na proposta de valor, conhecer o shopper, definir a categoria, seu papel e suas estratégias, e desenhar as táticas da categoria (produto, preço, promoção, prateleira)
- Boa parte da compra é adicional, por impulso. Logo, é preciso deixar os produtos bem visíveis, bem sinalizados e acessíveis
Sortimento
Antônio Sá, professor de Varejo da
FAAP
, destaca:
Excesso de marcas não é a solução. As marcas devem traduzir os desejos e rituais do brasileiro. Não se pode tratar as categorias de forma transacional – na base de desconto por volume
Absorventes, esqueça o passado
A Kimberly-Clark chama a atenção para a mudança de comportamento das mulheres. Existe uma tendência de supressão menstrual que pode impactar o tamanho do mercado. Para Fernanda Dayan, gerente de cuidados femininos da empresa, a saída é apostar em absorventes de alto valor agregado, como os noturnos ou internos, além de produtos de proteção diária, sabonetes e lenços de higiene íntima.
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