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20/02/2025
Tendências de comportamento de consumo determinarão a forma como o varejista vai trabalhar a seção de limpeza
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 17/07/2023
Foto: Divulgação
Os anos de 2020 e 2021 foram frenéticos para o segmento de limpeza. As vendas explodiram e alguns produtos ganharam relevância nunca vista até então. Um dos grandes exemplos é o álcool para limpeza, que teve um salto em sua produção de 500 ton/ano para 12 mil ton/ano, de acordo com a Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes).
De lá para cá a movimentação se normalizou e o consumo se mantém, em média, dentro dos patamares anteriores. Porém o mundo mudou depois da crise sanitária e talvez não seja mais o mesmo. Então, o que podemos esperar dessa seção no varejo alimentar, que representa cerca de três quartos de a toda venda de itens de limpeza? Como o varejista deve olhar para ela nos próximos anos?
Principais categorias da cesta de limpeza
Uma das cestas mais impactadas pelos preços
- R$32 bilhões é o quanto, aproximadamente, o mercado de produtos de limpeza movimentou no Brasil em 2022
- R$164,4 é o gasto per capita anual no último ano
Fonte: Neogrid
Toda cesta de limpeza caiu em 2022 em relação a 2021, mas comparando ao pré-pandemia, as vendas de álcool em limpeza estão 34% acima, de acordo com dados da Scanntech
Aumento do preço médio por categoria (em reais)
Depois do boom vivido, em 2022 os números recuaram, mas, segundo especialistas, não somente pelo retorno à normalidade e, sim, pela queda no poder de compra do brasileiro, que cortou despesas em todas as cestas. Na verdade, os gastos não diminuíram, somente o consumo, já que diante da inflação e do aumento do custo dos insumos o consumidor tem pagado mais e levado menos.
“Itens de limpeza tiveram um aumento de preço maior até em relação às demais cestas. A renda subiu cerca de 7% mas a cesta, 12%. Dessa forma, o consumidor acabou perdendo 25% do seu poder de compra no último ano”, conclui Paulo Engles, diretor executivo da Abipla. Robson Munhoz, vice-presidente de operações da Neogrid, reforça que a mudança no comportamento do shopper está diretamente relacionada aos aumentos que os produtos sofreram e olhar preço agora é o critério maior.
Por isso também, segundo ele, tem ocorrido o fenômeno da reduflação, quando os fabricantes, em vez de aumentar o preço, reduzem a embalagem. Porém o executivo ressalva que a indústria segurou os repasses de preço nos últimos anos e está atualizando os valores com cautela. Conforme dados da Scanntech, em 2023 os preços da cesta de limpeza subiram acima da média das cestas. Esses produtos também registram maior queda de unidades vendidas.
Matéria originalmente publicada na edição de julho da SA+
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