No primeiro semestre deste ano, a Rede Dia% fechou 297 lojas no Brasil, das quais 257 eram franqueadas e 40 de operação própria. No mesmo período a empresa inaugurou 23 unidades. A decisão tem relação com a estratégia adotada de interromper as atividades de lojas consideradadas de baixo desempenho.

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Com isso, o total de lojas caiu de 1.172 em dezembro de 2018 para 898 em junho deste ano. Depois de muito tempo, as unidades próprias passam a ser maioria no Brasil: 512 contra 386 franqueadas. Dentro da política de enxugamento, o Dia% decidiu deixar de operar no Estado da Bahia e encerrar as atividades da bandeira Minipreço no País. As informações foram confirmadas pela própria empresa em notas com explicações sobre o balanço dos primeiros seis meses deste ano.

Diante de um cenário de queda nas vendas e prejuízo operacional, a matriz espanhola decidiu injetar R$ 175 milhões na operação brasileira, basicamente para pagamento de despesas operacionais e custos relacionados ao processo de reestruturação, conforme informou uma fonte ao jornal Valor Econômico.

No Brasil o Dia% amargou queda de pouco mais de 11% na vendas líquidas entre janeiro e junho deste ano. Parte do resultado pode ser atribuído às medidas tomadas para ajustar a operação, uma vez que os primeiros impactos do fechamento de lojas são queda nas vendas e aumento de custos como o de folha de pagamento, em razão das despesas relativas a demissões. 

A operação brasileira do Dia% reportava altas taxas de crescimento até 2017, quando o setor já sofria com fortes efeitos da crise. No final do ano passado, porém, a empresa iniciou investigação interna para apurar possível manipulação de dados contábeis. 

Desde maio deste ano, o Dia% é controlado pelo fundo Letterone, comandado pelo investidor Mikhail Fridman, que adquiriu 69,76% de participação no grupo varejista. Uma das primeiras decisões foi a contratação como CEO de Karl Heinz Holland,  ex-presidente e responsável pela expansão na Europa da rede alemã de hard discount Lidl .

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