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21/02/2025
Quase 50% das mulheres já sofreram assédio no trabalho
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 04/04/2023
Foto: Divulgação
Pesquisa realizada pela Zinklar, plataforma de pesquisas de mercado, em parceria com o Instituto Mulheres do Varejo, que entrevistaram online 212 mulheres que trabalham no ecossistema ligado ao varejo e de todas as classes sociais, mostra que cerca de 70% das entrevistadas afirmaram já terem sofrido assédio moral (37%) e sexual (31%).
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Os resultados comprovam o que muitas mulheres já sabem: a falta de apoio no ambiente corporativo. 46% das mulheres que sofreram assédio no trabalho disseram não ter percebido nenhuma ação concreta quando delataram o agressor e o pior, 23% das mulheres disseram ter sido desligadas depois da denúncia.
Atenta a este tema o Instituto Mulheres do Varejo se uniu ao Projeto Justiceiras para lançar um canal de denúncias que não estará ligado a nenhuma empresa, deixando as mulheres mais confortáveis para relatar as agressões.
“Em nossas rodas de conversa sempre ouvimos casos de assédio e afirmações de mulheres dizendo que não têm coragem de relatar ao RH ou a algum canal de denúncia interno, pois têm medo de retaliações ou medo de demissões. Por isso, resolvemos abrir um canal isento, pois empresas que apoiam o assédio não são empresas em que queremos trabalhar”, diz Sandra Takata, presidente do Instituto Mulheres do Varejo.
Segundo Gabriela Manssur, fundadora do Projeto Justiceiras, a presença feminina no mercado de trabalho representa aproximadamente 52%. No varejo, as mulheres também ocupam metade dos espaços. “Se a cada três mulheres, uma sofre algum tipo de violência, certamente, as mulheres do varejo também podem ser vítimas. A parceria tem como objetivo dar as mãos para essas mulheres e protegê-las de toda forma de violência contra a mulher”, afirma.
Segundo o levantamento, 40% das entrevistadas disseram que a empresa onde trabalham possui canal de denúncia e 45% disseram que não. Quando perguntadas se sentem confortáveis e confiam em realizar alguma denúncia, 62% disseram que sim, acreditam que tomarão as medidas necessárias mantendo sigilo sobre meu nome e 24% acreditam que não dará em nada.
O canal de denúncia começa funcionar em maio e as mulheres que atuam no ecossistema do varejo (varejo, indústria, fornecedores de soluções para o varejo, empresas de pesquisa ligadas ao varejo e distribuidores) poderão acessar o site www.mulheresdovarejo.com.br para relatar o seu caso. Todos os casos serão avaliados pelo Projeto Justiceiras que tem o canal direto com o Ministério Público.
Os varejistas também poderão ser parceiros do Instituto e poderão receber treinamentos sobre o tema e usar o canal como meio, para que suas colaboradoras se sintam confortáveis.
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