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Um levantamento da consultoria global  Bain , em conjunto com o Google, analisou como as experiências de compra, categorias de produtos, fontes de influência e mídias emergentes impactam diferentes grupos etários. Ao todo, foram computados dados de 5.800 consumidores que demonstram, entre outras aspectos, a necessidade das empresas de se adaptarem às necessidades e aos hábitos de compra dos Millennials e da Geração Z.

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Lojas físicas continuam relevantes

Os resultados do estudo apontam que 36% das gerações mais novas esperam aumentar seus gastos em lojas físicas nos próximos dois anos, algo que modifica a percepção de que esse grupo só pode ser conquistado por meio de canais digitais. Ademais, apesar do período de isolamento social, quando as compras tiveram que se limitar temporariamente ao online, a pesquisa indica que as lojas físicas ainda representam uma porcentagem considerável de gastos de varejo nos últimos 6 meses, sendo 38% para os Millennials e Geração Z, 43% para Geração X e 53% para a geração que se enquadra como Baby Boomers. 

Procura por tecnologia pode aumentar

Apesar da relevância das lojas físicas, as compras online também estão se destacando cada vez mais. Consumidores, principalmente de grupos mais jovens, estão impulsionando as tecnologias emergentes como transmissões ao vivo para ver produtos em oferta online e o comércio eletrônico via redes sociais.

Além de enriquecer a experiência de consumo digital, se implementadas de forma correta, as inovações tecnológicas também possuem um papel integral no valor estratégico das lojas físicas, com a capacidade de transformar as lojas em palcos onde as marcas ganham vidas.

O levantamento também demonstra que os Millennials e a Geração Z, possuem duas vezes mais chances de serem influenciados em compras por vídeos online, e 3,7 vezes mais propensos a afirmar que a navegação na internet influencia significativamente sua decisão de compra. Esses grupos também tendem a utilizar a Pesquisa Google e a conversar com conhecidos sobre possíveis compras mais do que as gerações anteriores.

Sobre a busca presencial dos produtos, enquanto a prática é essencial para 30% dos entrevistados da Geração X e Baby Boomers, para os mais jovens esse número cai para 18%.

Questões ambientais ganham cada vez mais relevância

Mais da metade dos Millennials e Geração Z afirmam que pagariam mais caro por produtos ecologicamente corretos, esse número é menor entre a Geração X (39%) e diminui consideravelmente entre os Baby Boomers (29%), o que demonstra uma maior preocupação entre gerações mais novas com o meio ambiente.

No entanto, existe uma discrepância entre o que os compradores dizem e o que realmente praticam em relação à sustentabilidade, independentemente da faixa etária. Embora a sustentabilidade tenha começado a ganhar importância como critério de compra, apenas 9% dos consumidores de todas as idades a consideram uma das três principais prioridades. Custo-benefício, qualidade do produto, recursos e outros fatores ainda ocupam as primeiras posições na lista.

Portanto, os varejistas não podem simplesmente confiar em produtos sustentáveis de qualidade inferior, menos duráveis ou mais caros. É necessário unir sustentabilidade, qualidade e valor para conquistar uma parcela significativa do mercado.

Desde que as gerações mais jovens se tornaram grupos econômicos significativos, as empresas têm buscado se adaptar às suas necessidades. Varejistas precisam definir estratégias para garantir que seus negócios consigam acompanhar as demandas desses públicos, algo que só será alcançado por meio de investimentos em novas tecnologias, abordagem correta e posicionamento de marca adequado. 

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