Foto: Divulgação

O varejo precisa adaptar suas lojas para atender cada vez melhor o que o consumidor espera nessas três categorias, que vêm de expressivos crescimentos em vendas e tendem a continuar em expansão mesmo após o fim das restrições impostas pela Covid-19. São elas:

1 –Cafés

2 – Nutrição e prevenção

3 – Produtos usados para cozinhar em casa

“É necessário moldar a operação para capturar essa mudança e crescer a partir delas”, disse Claudio Vicentini, diretor de trade marketing da Nestlé, em evento online para clientes realizado na segunda (07/06). Sergio Alvim, CEO da SA Varejo, que também participou do encontro, reforçou que, em função das transformações aceleradas pela pandemia, as pessoas aprenderam a consumir de uma forma diferente, sabendo o que querem comprar no online e na loja física. “Isso provoca mudanças importantes no varejo: mexe com a categoria, com os espaços nas lojas, com a relação entre varejo e indústria, além de impor novas competências, processos e tecnologias”, disse.

Cafés

No caso do café, por exemplo, pesquisa interna da Nestlé constatou que, ao experimentar um produto de melhor qualidade, o consumidor não retorna àquele que tomava antes. O que demonstra o fato de a premiunização da categoria ser um caminho sem volta. “Sofisticação vai além da qualidade. Diz respeito também ao ritual em torno da xícara de café que representa aquele momento pessoal de pausa e reflexão”, explicou Vicentini.

Ao responder uma pergunta de Sergio Alvim, da SA Varejo, sobre o consumo da categoria na classe C, o diretor de trade marketing da Nestlé ressaltou que as versões de maior valor agregado foram as que mais ampliaram sua penetração entre esses consumidores nos últimos 18 meses.

Nutrição e culinária

Outro comportamento que não vai mais mudar, de acordo com a indústria, é a alimentação como fonte de prevenção de doenças e de cuidado com a saúde. Isso tem se refletido numa maior busca por suplementos alimentares. Um indicador disso é que o nível de ruptura subiu nessa categoria, exigindo alteração nos parâmetros de abastecimento para ajustar ao giro. A mesma preocupação é identificada em relação aos animais de estimação. As vendas de alimentos para pets também crescem de maneira significativa.

A redescoberta do ato de cozinhar em casa fecha a tríade de oportunidades apresentada pela companhia aos varejistas. Nesse período de quarentena, as pessoas se viram diante do desafio de diversificar os pratos, que passaram a ser preparados com frequência maior do que antes. Dessa forma, aprenderam novas receitas, que continuarão a ser usadas e cujos ingredientes serão buscados tanto no on quanto no off line.

Perto do varejo

Estar mais próxima de seus clientes faz parte dos planos da Nestlé. Nesse sentido, a empresa criou dentro do trade marketing uma área para ajudar o varejo a desenvolver as vendas no e-commerce. Somam-se a isso um time focado apenas em gerenciamento por categorias e a implementação de uma estrutura de trade regional, espalhada pelo País. A ideia é focar o sell out em campanhas personalizadas para os varejistas.

Já o JBP (Joint Business Plan) é o pilar que amarra todas essas frentes junto ao cliente. “Ele é a coluna vertebral da construção de negócios com nossos parceiros”, disse Josué de La Maza, vice-presidente de vendas da Nestlé. Segundo ele, a companhia pretende liderar o desenvolvimento das categorias em que atua e crescer com soluções digitais. Já foram adotadas, por exemplo, ferramentas que visam reduzir a ruptura e o tempo de entrega.

Inovações também fazem parte da estratégia da empresa. Segundo Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil, serão lançados quase 250 produtos neste ano. Desses, 100 chegam ao mercado neste primeiro semestre. “O varejo é fundamental para fazer com essas inovações tenham sucesso. E o nosso sucesso é o sucesso do varejo”, enfatizou o executivo.

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