Novembro foi o pior mês em unidades vendidas no varejo alimentar

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Reportagem SA+ -

Conheça também as categorias com crescimento em valor e quais apresentaram queda nesse indicador

Foto: istock

O varejo alimentar continua crescendo em valor e caindo em volume (unidade vendidas), segundo levantamento do Radar Scanntech. O movimento reafirma os resultados dos meses anteriores que vêm mostrando desaceleração de crescimento em vendas ao longo do ano em todos os canais do País.

De acordo com o estudo, no acumulado do ano o crescimento de 5,2% das vendas em valor segue abaixo da inflação e com retração de 7,4% em unidades comercializadas. O mês de novembro foi pior do ano, com expansão de apenas 2,5% em valor e queda de 6,6% em unidades – amenizada quando comparada com a média de 2021, de -7,4%.

“Realmente preocupa o cenário ao longo do ano, onde observamos consistentemente uma desaceleração dos crescimentos, aumentando a cada mês o gap em relação à inflação, ou seja, em valores reais os autosserviços alimentares estão caindo mais a cada mês”, explica Tiago Vavassori, gerente da Scanntech responsável pelo Radar.

As regiões Norte (+6,3%) e Sul (+6,3%) são as que têm maior crescimento de vendas em valor, enquanto São Paulo vai na contramão, com avanço acima da média nacional no Atacarejo regional (+10,9%) e o menor crescimento no formato Supermercados (+2,5%).

O estudo revela ainda que a frequência de loja teve queda pelo segundo mês seguido ante 2020.“Por outro lado, o ticket médio em valor segue estável, mas com o aumento dos preços no ano, reafirmando que os consumidores continuam gastando mais e levando menos produtos para casa”, explica Vavassori.

Resultado por categoria de produto

Entre as top 20 categorias com maior crescimento em valor, os destaques de novembro foram: Óleo, Arroz, Café Moído, Açougue, Aves e Açúcar, impulsionado pelo aumento de preços, já que em unidades apresentaram retração. Apenas Chocolate, Petiscos Snacks e Energéticos crescem em volume.

Já as 20 categorias com maior retração são: Cerveja, Eletrodomésticos e Álcool em Gel, que contribuem (62,9%) para a queda. “A diminuição da pandemia e maior sensação de segurança sanitária, impactaram diretamente essas categorias com o consumo fora de casa, a permanência da abertura dos bares e restaurantes, e claro, a vontade maior dos brasileiros de se divertirem ao ar livre.  Já em categorias como Eletro, a inflação do País contribui diretamente com o consumo ao diminuir o poder de compra dos brasileiros”, afirma.

Nem mesmo a Black Friday foi suficiente para melhorar as vendas. Segundo o Radar Scanntech de novembro as vendas no varejo alimentar foram fracas mesmo em um mês que possui uma semana de destaque diante das oportunidades de consumo na Black Friday, vendendo 38% acima da média das demais semanas do ano.

O levantamento mostra ainda que metade das categorias historicamente mais buscadas neste período teve vendas mais fracas (-4%) quando comparado com o ano de 2020, enquanto eletrônico uso pessoal aparece como destaque, com crescimento de 142%.

“Mesmo assim, observamos que, no geral, as vendas não foram satisfatórias, e a Black Friday deste ano não surpreendeu o varejo, vendendo menos (-1,7%) que o ano de 2020, refletindo também a atual situação econômica do Brasil”, conclui o executivo.

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