Avaliação:
(6 Avaliações)Sheila Hissa - 25/03/2021
A transação acotovela outros players e impõe a necessidade de estratégias consistentes para quem quer permanecer relevante no jogo
Foto: Divulgação
Comprar qualquer empresa é uma coisa, mas comprar uma empresa cujo modelo e desempenho são vitoriosos é outra. Inaugurar atacarejos é uma história, mas adquirir lojas prontinhas para ganhar um impulso é outra. Escala comercial é boa, mas superescala é ótima (para quem tem). O Carrefour vai dar dor de cabeça. É certo que a consolidação envolvendo a empresa e as outras duas do topo do ranking continuará sendo o sonho de uma noite de verão –
Carrefour
+
BIG
,
GPA
e
Assaí
, além de
Cencosud
manterão em torno de 34% do mercado.
A questão é o gigantismo do Carrefour e o seu acesso a capital. Suas ações na Bolsa cresceram 13% ontem (24/03), enquanto o Ibovespa teve queda. É verdade que a companhia pode ficar mais difícil de operar com o seu gigantismo, como já vimos no passado, mas pode ganhar condições para uma expansão mais acelerada, sólida e incômoda.
Os regionais, sobretudo os do Sul e do Nordeste, por onde a empresa ganhará território, terão mais lutas pela frente, mas nada que seja desconhecido. Wilson Rosa, um dos sócios diretores da Advent (controladora do BIG), afirmou em entrevista a Exame que as empresas locais estão muito bem preparadas e não param de inaugurar, justamente para enfrentar os peso-pesados. A briga continua boa de brigar.
Quer ter acesso a mais conteúdo exclusivo da SA Varejo? Então nos siga nas redes sociais: LinkedIn , Instagram
e Facebook