Movimento para conectar varejistas de todo o Brasil a indústrias gaúchas tem início
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 13/05/2024
Foto: Arquivo SA+ Ecossistema de Varejo
A SA+ Ecossistema de Varejo está abrindo os seus canais de comunicação entre indústria e varejo em prol dos fornecedores do Rio Grande do Sul. O chamado para que os varejistas abram espaço para os produtos fabricados no Estado foi feito ontem pelo LinkedIn e Instagram do CEO da empresa, Sergio Alvim, em resposta ao apelo de varejistas, que assistiram ao vídeo de Diogo Siqueira, prefeito de Bento Gonçalves, que viralizou nas redes sociais ao pedir que as pessoas consumam itens fabricados no RS ( confira aqui a postagem ).
Para isso acontecer, é necessários ter as indústrias gaúchas cadastradas. E é aí que a SA+ entra, abrindo seus canais. Os forneceores do Rio Grande do Sul podem obter mais informações de como participar pelo whatsApp: (11) 93361-1039.
Abastecimento no Estado
A AGAS (Associação Gaúcha de Supermercados) emitiu na última sexta (10) um vídeo sobre a situação no Rio Grande do Sul. Na mensagem, Antônio Cesa Longo, presidente da entidade, afirma que os supermercados estão recebendo os produtos dos fornecedores à medida que mais vias e rotas são liberadas. “Em Porto Alegre e região metropolitana ainda há uma pequena dificuldade. Mas o setor está atento e comprometido a fazer a manutenção e doações”, afirma.
Segundo a Associação, cerca de 150 supermercados do Estado ainda estavam fechados na sexta. Em alguns casos, cidades perderam todos os seus estabelecimentos.
Há também situações em que alguns grandes varejos estão com seus centros de distribuição ilhados; em contrapartida, pequenos comerciantes têm conseguido contato direto com os produtores e distribuidores.
Além do abastecimento e recuperação das estruturas, um desafio enfrentado pelos varejistas da região no momento é a falta de funcionários. Com trabalhadores desalojados, passando por situações familiares difíceis ou ainda impedidos de chegar ao trabalho por bloqueios nas rodovias ou regiões ilhadas, o quadro de colaboradores está reduzido.
Com todas essas dificuldades, é estimado que lojistas tenham deixado de faturar cerca de R$ 585,4 milhões na primeira semana das inundações, segundo a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre). O prolongamento da situação indica que o prejuízo deverá ser ainda maior.
Na relação ano a ano com base no Índice Cielo, as transações caíram 15,7%, contra o recuo nacional de 3,2%, porém isso não se aplicou aos supermercados. Em um primeiro momento, o setor do varejo alimentar teve crescimento alto devido à corrida para antecipar o consumo, mas tudo indica que a falta de produtos nos dias seguintes derrubou as vendas.
Contudo, Longo garante que a tendência é que a situação melhore.
“A AGAS está com um plano de 90 dias para continuar contribuindo com as doações. Apesar do mau tempo, acreditamos que o pior já passou e estamos prontos para levar alimentos para todos os supermercados” - Antônio Cesa Longo