Laticínios captaram 3,5% menos leite em 2021

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Reportagem SA+ -

Situação inédita, que não ocorria desde 2011, é reflexo da alta dos custos e queda da renda da população

Foto: Stock Adobe

Levantamento realizado pela Abraleite, associação de produtores que incorporou a Leite Brasil, mostra que no ano passado o volume adquirido por 13 das maiores indústrias do segmento apresentou queda de 3,5% ante 2020, para 7,7 bilhões de litros. O levantamento não apresentava recuo desde 2011.

A alta de custos nas fazendas de leite, com reflexos nos elos seguintes da cadeia produtiva, e a queda de renda da população são apontados como responsáveis pelo recuo. “Há uma situação inédita em consumo de leite no Brasil, um novo patamar de oferta e demanda”, resume Roberto Jank Jr., vice-presidente da Abraleite. 

Entre as 13 companhias que estão no ranking, a Laticínios Bela Vista, dona da marca Piracanjuba, ocupou a liderança pelo segundo ano consecutivo, após desbancar a suíça Nestlé em 2021, que agora está em terceiro lugar, depois da paranaense Unium.

Segundo o levantamento, 11 laticínios receberam menos leite cru em 2021. As exceções foram a Unium - marca institucional das cooperativas paranaenses Frísia, Castrolanda e Capal - e CCGL, que aumentaram a captação.

Além da queda do consumo, a alta de custo de adubos, rações e energia nas fazendas também influenciaram para o recuo das margens. “O conjunto da obra, por sua vez, acentuou o movimento de consolidação no setor, que já está em cursos há alguns anos”, lembra Jank.

O estudo mostra uma redução de 5% do número de produtores, que agora somam 31,5 mil. O volume de leite entregue diariamente, no entanto, aumentou 4,6%, para 489 litros, devido a ganhos de eficiência nas propriedades.

Enquanto a aquisição de leite dos fornecedores caiu 1%, para 5,6 bilhões de litros, as aquisições de matéria-prima de terceiros diminuíram 10% no ano passado, para 2,1 bilhões de litros.

O executivo reiterou que esse quadro é inédito para o segmento ao comentar a queda de 10% das aquisições de leite cru no primeiro trimestre de 2022, divulgada ontem (12/05) pelo IBGE, que mensura a compra por estabelecimentos sob inspeção sanitária. “O agravante é a queda expressiva há três trimestres”, diz.

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Fonte: Valor Econômico

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