Foto: Stock Adobe

As vendas de panetones este ano podem ser impactadas pelo avanço da inflação. A expectativa da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) é de que a categoria cresça cerca de 5% em faturamento e 3% em volume de vendas no período sazonal de novembro de 2022 a janeiro de 2023. “O cenário econômico não está favorável para o bolso do consumidor”, afirma Claudio Zanão, presidente da associação.

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A nova realidade traz a necessidade da indústria de repensar preço de acordo com o consumo per capta, variando mix de tamanhos e sortimento, além de trabalhar preço e promoção ideal, fatores chaves para otimizar margem e conquistar consumidores.

No período entre novembro de 2021 e janeiro de 2022, o setor faturou cerca de R$ 806 milhões e foram vendidas 47,8 mil toneladas de produtos, totalizando um aumento de 3,9% em valor e 21% em volume de vendas, quando comparados com o período anterior (novembro de 2020 a janeiro de 2021) com R$ 775 milhões e 39,5 mil toneladas.

Levantamento feito pela consultoria divisão Worldpanel, da Kantar, mostra que a categoria ganhou mais compradores e a penetração passou de 52,4% para 65,3%, o que representa um aumento de 24,6%, ou seja, mais de 7 milhões de novos lares, considerando a mesma base de comparação.

Os panetones presenteados foram o destaque do último final de ano, que representou 36,4% da importância da categoria. A penetração de panetones para presente passou de 19,7% para 32,9% pontos, quase 8 milhões de novos lares para a categoria no período.

Quando considerada as regiões, o interior de São Paulo foi o destaque em panetones presenteados. Quanto aos tipos, os com gotas de chocolate representam 41%, frutas cristalizadas 33% e os recheados 25%. Entre os consumidores, a classe média e os mais maduros com idade entre os 40 e 49 anos de idade são os destaques.

O consumo per capita do país é de 440 gramas, o equivalente a um panetone inteiro. É metade em relação à Itália, o país de origem da receita, mas, considerando-se o tempo em que o alimento está na mesa dos italianos, o alcance brasileiro é extraordinário.

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