Foto: Divulgação

A Hortifruti Natural da Terra, que foi comprada recentemente pela Americanas, vai investir na ampliação de suas dark stores, com o objetivo de aumentar as vendas digitais da rede, que hoje representam 16% do faturamento de R$ 2 bilhões por ano.  “Estamos trabalhando a dark store como uma iniciativa de inovação e com a lógica de capturar clientes em novas geografias”, explica Fernando Visser, responsável pela área de inovação da rede.

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A disputa nas entregas de supermercados está apenas começando. Diversas empresas querem incomodar as grandes entregadores com as dark stores – pequenos centros de distribuição. A proximidade é a aposta das startups para realizar entregar em curto espaço de tempo.

Esse segmento tem atraído grandes investidores. Um exemplo é a brasileira Daki, lançada em janeiro deste ano que conseguiu captar US$ 170 milhões em seu primeiro aporte. A startup atua conta 60 dark stores, mais de 650 empregados e mil entregadores cadastrados. A empresa já expandiu a atuação para cidades da região metropolitana de São Paulo, além do Rio de Janeiro, e está prestes a iniciar sua operação em Belo Horizonte.

Entre os diferenciais que tem atraído o interesse de investidores estão o frete grátis, entrega em menos de 15 minutos e preços competitivos. O segmento tem um forte potencial e nos últimos meses duas empresas latino-americanas – a Merqueo e a Justo – estrearam no mercado brasileiro.

De acordo com o fundador da consultoria Varese Retail, Alberto Serrentino, a disputa no setor deve se manter aquecida nos próximos anos, mas é necessários que empresas e investidores fiquem atentos a viabilidade financeira do negócio. “Investimentos milionários em busca do crescimento podem mascarar ineficiências na condução do negócio, o que pode acarretar problemas insolúveis à frente. No fundo, quem vai ganhar o jogo é quem tiver a recorrência e a capacidade de escalar o modelo de forma sustentável”, conclui.

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