SA+ Ecossistema de Varejo

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Entenda como os marketplaces têm se inserido no cenário competitivo do varejo alimentar

21/02/2025

NEWSLETTER

SA+ Ecossistema de Varejo


SA+

SA+ Aconselhamento

SA+ Educação

SA+ Trade

SA+ Internacional

SA+ Tech

SA+ Relacionamento

SA+ Conteúdo

SA+ Inteligência

SA+ Branded Content

Voltar para a página inicial

Home

Acesse todas as notícias

Notícias

Navegue pelas categorias do Solução Sortimento

Solução Sortimento

Acesse nossa seção Prateleira

Prateleiras

Navegue por todas as edições

Revistas

NIQ Ebit atacarejo Martinez de Araujo

Excesso de lojas e inflação menor são desafios para o segmento de atacarejo

POR Reportagem SA+ Conteúdo

EM 18/05/2023

Foto: Divulgação

Desde 2015, quando o setor de atacarejo passou pelo seu melhor momento, agora o segmento enfrenta sua fase mais difícil. A situação é atribuída, em parte, a velocidade acelerada de aberturas e conversão de lojas, que vêm sustentando o forte crescimento do mercado por anos. A canibalização entre as lojas das próprias atacadistas - após a onda recorde de aquisições de unidades - além da menor inflação nos preços de alimentos, já faz analistas alertarem sobre os riscos desse cenário em seus relatórios. Ainda há efeito de consumidores trocando marcas e comprando quantidades menores de mercadorias.

[noticiasRelacionadas]

Pesquisa realizada pela NIQ Ebit, mostra que, pela primeira vez, o mercado de São Paulo registrou, no primeiro quadrimestre do ano, queda nas vendas “mesmas lojas” (com mais de um ano de operação), e em maio, o recuo se aprofundou, segundo dados obtidos pelo jornal Valor Econômico, e enviados às redes nesta semana. Ao considerar abril e até o dia 7 de maio, a retração na capital paulista e região metropolitana atingiu 4,8%. No acumulado do ano, até 7 de maio, há recuo de 1,5% frente a 2022. Esse segmento é o mais resiliente do setor, mas passou a sentir demanda mais retraída.

Na análise de Brasil, que inclui o desempenho do Nordeste, onde a disputa das redes e a canibalização entre lojas das próprias empresas é menor, os dados são mais animadores, mas ainda é sentido o peso do Sudeste. No país, no acumulado do ano, o avanço nas vendas dessas lojas mais maduras foi de 3,9%, abaixo dos níveis de 2022 - em 10%, na média trimestral.

Houve uma deterioração do cenário ao longo dos meses. Até março, apenas capital e região metropolitana de São Paulo encolhiam. Mas ao se considerar o período de abril a 7 de maio, já eram quatro áreas nessa situação - além de São Paulo, também o Rio, o Centro-Oeste e interior de São Paulo.

Ao se considerar lojas mais antigas e novas, o faturamento do atacarejo avançou no Brasil 19,9% no ano, até 7 de maio - de janeiro a março, o setor crescia mais, quase 21%. No ano passado, o ritmo era ainda maior, com expansão de pouco mais de 25%.

De acordo com Jonathas Rosa, responsável pela área de sucesso de clientes e varejo na América Latina da NIQ Ebit, essa queda em São Paulo não era esperada. “É uma surpresa, apesar de sabermos que há justificativas”, diz.

“Atacarejo continua a ser o setor que mais cresce no alimentar, mas, apesar de sua resiliência, ele passou a sentir também, como se viu em outros canais de venda, uma demanda mais retraída, e a alta no endividamento das famílias, além da aceleração de aberturas e a queda da inflação”, afirma o executivo.

Sobre o Sudeste, pesa o efeito direto das conversões avançando sobre as lojas antigas. Em 2022, houve o início do plano de migração de 70 pontos do Extra, comprados pelo Assaí, e a transformação de 28 lojas de Makro e de 27 Big em Atacadão, de dois anos para cá. Essas conversões se espalharam rapidamente por áreas urbanas e periféricas, como Rio e de São Paulo, maior bolsão de consumo do país onde a competição é mais acirrada.

Vale ressaltar que, nas conversões, unidades adquiridas são fechadas por semanas ou meses, e quando reabrem, acabam disputando a venda com unidades vizinhas da própria cadeia. Para sair na frente, podem passar a “roubar” a venda da loja “irmã”, por causa das ações comerciais mais agressivas. Muitas vezes, essa é uma opção consciente, porque o foco é ganhar tráfego e vendas na unidade nova, para ajudar a pagar o investimento.

Especialistas e executivos veem hoje um desequilíbrio nessa equação - amplificada pela deterioração do cenário “macro” do país. Há lojas novas sendo abertas na capital paulista a menos de cinco quilômetros de unidades antigas.

Segundo Rosa, da NIQ Ebit, no último um ano, 400 lojas novas de atacarejo foram inauguradas, incluindo pontos de hipermercados convertidos pelas cadeias.

“A desconfiança hoje, olhando o tamanho do tombo das lojas maduras, é que a perda delas está grande porque essa disputa interna não está saudável. A madura vem perdendo muito”, diz um diretor de uma rede média de São Paulo. “O risco é isso estar afetando margens, se a loja nova estiver sendo agressiva demais em preço para conseguir venda”, diz ele.

Consultores não veem sinais de uma crise mais séria, de ordem estrutural, relacionada ao modelo em si, mas acreditam que vai ser preciso lidar com desafios no formato. “A questão é, se eu tenho uma loja nova perto de casa, e outra maior, mais distante, e mais madura, por que eu vou nessa antiga? Como as lojas maduras, tradicionais de atacado e em locais periféricos, vão sobreviver com tanta loja sendo aberta nas capitais?”, afirma Manoel Araujo, diretor da consultoria Martinez de Araujo.

Quer ter acesso a mais conteúdo exclusivo da SA Varejo? Então nos siga nas redes sociais:      LinkedIn     ,      Instagram      e      Facebook 

 

COMPARTILHAR
TAGS:NIQ Ebit, atacarejo, Martinez de Araujo
COMPARTILHAR:

Ícone Notícias relacionadas

Adobe Stock AtacarejoExpansão

Galeria de lojas e ampliação de serviços são a aposta da vez para os atacarejos

Inauguração TriMais SuperatacadoExpansão

TriMais Superatacado investe R$ 40 milhões e amplia sua presença em São Paulo

Lançamento Verstcasa pelo Grupo PereiraSortimento

Grupo Pereira fecha parceria com loja de utilidades e amplia portfólio de bazar em atacarejo

Adobe Stock AtacarejoPesquisa

Mais da metade dos consumidores acreditam que os atacarejos têm a maior qualidade e variedade de produtos

Comentários

Ícone Envie seu comentário

Ícone Siga-nos

Logo SACONTATO@SAMAISVAREJO.COM.BR
instagramfacebook4linkedin
Logo Cinva

© Somos uma marca do CINVA (CENTRO DE INTELIGENCIA E NEGOCIOS DO VAREJO - CINVA LTDA). © 2023 SA+ Ecossistema de Varejo. Todos os direitos Reservados