Setor evoluiu muito e tem, inclusive, reconhecimentos internacionais, como da loja Muffato Champagnat, que recebeu o prêmio Titan Property Awards na categoria design de interiores

(Foto: Divulgação)

Desde os anos 1950, quando comerciantes desbravadores decidiram migrar dos armazéns para as lojas de autosserviço (com um empurrão da indústria de consumo de massa) esses empresários enfrentaram dificuldades, tropeços e fracassos, claro. 

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Mas nada que tenha se sobreposto ao desejo de prosperar e gerar riquezas. Alguns ficaram (e ficam) pelo caminho, mas um número incrivelmente grande construiu (e constrói) um setor que fatura nada menos de 600 bilhões de reais/ano, responde por 7% do PIB e por mais de 92 mil lojas. 

A maioria não teve curso universitário, pós-graduação ou mestrado, mas se esculpiu em um negociante genial, astuto e atento, determinado e capaz de aprender com o consumidor e com o mercado. Rápido. 

Hoje seus filhos e netos são preparados nas melhores ecolas e muitos permanecem na empresa, trazendo conhecimentos novos e o mesmo sangue de empreendedor nas veias.  

Recordar de um pedacinho da história do setor é homenagear cada um desses empreendedores notáveis. 

São muitos, muitos. Abílio Diniz , Arthur Sendas, Paes Mendonça, os Vanconcelos, os Zaffari, os Nogueiras, os Muffato, Zonta, Mateus, Koch, Coutinho, Leite, Carvalho, D’Avó, Lopes, Côrrea, Alburqueque, Ximenes, Barcelos, Ramalho, Lohn, entre outros. 

Estrangeiros chegaram (e alguns partiram), e a profecia de que os três gigantes em faturamento dominariam o mercado não se confirmou. As três maiores do Brasil hoje respondem por 26% do mercado.

Gigantes fizeram inúmeras aquisições, mas os regionais e estaduais não ficaram parados. Lojas independentes viram redes pequenas, que viraram médias, que viram grandes. 

Graças à extensão do País e a existência de bolsões pouco abastecidos ou mal trabalhados, a expansão segue em frente, inclusive com novos empresários.

Formatos se multiplicaram. A partir dos supermercados, os empresários avançaram para os hiper, inventaram as lojas de desconto, lojas premium, lojas com foco em perecíveis, e abraçaram com ardor o bem-sucedido atacarejo. Para cada modelo, desenharam sortimento, exposição, precificação, ajustaram promoções e logística, e estabeleceram um relacionamento mais colaborativo com a indústria.

 A gestão se tornou bem mais sofisticada 

Centrais de negócio se espalharam pelo País. A união fez pequenos empresários ganharem maior competitividade 

E-commerce mostrou as caras e os supermercadistas deram um show de agilidade e competência durante a pandemia. Aceleraram investimentos, organizaram a logística e as entregas. Sucesso! 

Tecnologias viraram alvo de investimentos. Mesmo com sábia cautela, os varejistas não param de investisr em CDs automatizados, self checkouts, sistemas integrados de última geração, lojas autônomas, sensores inteligentes e um mundo de dispositivos capazes de tornar o negócio mais eficiente e o consumidor mais feliz. 

Redes sociais ganharam sua vez. A adesão nem sempre foi fácil, mas rapidamente entrou no circuito para comunicar, vender e estreitar a relação com o público alvo.

Layouts ficaram lindos. Os varejistas não pouparam (poupam) recursos para manter as lojas funcionais, confortáveis, bonitas, práticas. Muitos vão ao exterior conhecer tendências e comprar equipamentos modernos. O detalhe está em todo o lugar.

Consumidor ganhou o mais elevado dos status e seu desejo, e até a falta dele, viraram prioridade.  São programas de fidelidade, ações junto à comunidade, eventos culturais, promoções especiais, facilidades no pagamento. 

A cada ano, o Dia do Setor Supermercadista ganha mais razões para festejar. São tantos desafios enfrentados e tantas vitórias acumuladas que, para falar a verdade, um dia de comemoração é pouco.

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