Consumo de carne de frango deverá aumentar com recessão

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Alessandra Morita -

Dúvida fica por conta do abastecimento do produto in natura

Diante de um cenário econômico mais recessivo, a perspectiva é de que o brasileiro consuma mais carne de frango. Segundo Lorival Luz, CEO global da BRF , o consumidor tende a valorizar mais seus recursos em função de restrições orçamentárias, preferindo esse tipo de proteína . O executivo disse, durante teleconferência de resultados realizada ontem (11/05), que o desafio principal virá da capacidade de produzir devido ao avanço da Covid-19 em diferentes regiões e cidades do País, que poderá reduzir o número de funcionários trabalhando. Além disso, as condições para o abastecimento dependerão das medidas tomadas pelos governos locais. Para ele, essas dificuldades não são impostas apenas à BRF, mas ao segmento como um todo.

Alta nos processados

O volume de vendas de aves in natura da BRF no mercado interno teve uma ligeira variação de 0,6% no primeiro trimestre de 2020 sobre igual período do ano passado. O maior crescimento da companhia nos primeiros três meses do ano veio dos processados, com alta de quase 15% no Brasil.  De acordo com a empresa, esse aumento vem de investimentos em campanhas de marketing, ativações nos pontos de venda, disciplina de execução, melhoria do nível de serviço, além, é claro, da demanda aquecida. Luz ressaltou que a queda no foodservice e nas vendas aos transformadores foi compensada pelo crescimento no varejo em função do maior consumo em casa. Para incentivar a compra de suas marcas, a BRF, por meio de hubs digitais, disponibizou cerca de 500 receitas em formato de tutorial.

Sem estocagem do consumidor

Outro ponto abordado pelo CEO foi que praticamente não houve estocagem pelo consumidor nas linhas comercializadas pela companhia. "A quantidade de produtos comprada é limitada ao tamanho do freezer que se tem em casa. Por isso, a possibilidade de armazenamento é mais restrita do que em outros produtos, fazendo com que as compras nas nossas categorias aconteçam em intervalos mais curtos", disse.

Participação de mercado

A BRF reportou ainda crescimento em market share na categoria de margarinas. Conforme dados da Nielsen, apresentados pela empresa, a alta foi de 0,9 ponto percentual (pp) em feveiro e março sobre o bimestre anterior, e de 2,2 pontos percentuais em relação a iguais meses de 2019. Em congelados, o ganho de participação de mercado foi de 0,6 pp em relação a dezembro e janeiro, mas houve queda de 3 pp sobre o mesmo bimestre do ano anterior.

Resultados Brasil e consolidado

A receita operacional da companhia cresceu 18% no País entre janeiro e março deste ano em comparação com o mesmo trimestre de 2019. Com isso, alcançou faturamento líquido de R$ 4,6 bilhões. Já o preço médio subiu 6,7% no período, enquanto o o Ebitda ajustado registrou alta de 63%.

Considerando também o mercado internacional, a BRF cresceu 21% no consolidado do primeiro trimestre, atingindo receita líquida de R$ 8,9 bilhões. O Ebitda ajustado teve alta de 67%, mas houve prejuízo de R$ 38 milhões nos primeiros três meses. O motivo, segundo a companhia, foram despesas referentes a acordo visando o encerramento de uma ação movida nos Estados Unidos no valor de R$ 204 milhões e da variação cambial sobre o endividamento.

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