Foto: Divulgação

O Grupo Carrefour identificou falhas na contabilidade de passivos trabalhista do Grupo Big, de cerca de R$ 2 bilhões. Esse valor se refere à época em que o Walmart era controlador da rede. Essa falha levou a redução de R$ 1 bilhão no valor da aquisição do Big pelo Carrefour, com a gestora Advent. A negociação, no entanto, demorou meses e gerou desgastes internos.

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Após identificar o problema, a questão foi levada pelo jurídico ao diretor financeiro da época, David Murciano, e ambos concordavam que existiam as falhas inicialmente verificadas na contabilidade, e defendiam um ajuste de R$ 2 bilhões no valor do preço da aquisição do Big.

Segundo fontes, a questão foi levada ao presidente do Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire entre agosto e setembro e, a partir dali a situação começou a se complicar. Houve divergências no valor final e na forma de dar baixa no montante, não só na diretoria, mas dentro do conselho de administração do Carrefour.

Após divergências sobre se o valor do ajuste deveria ser de R$ 1 bilhão ou R$ 2 bilhões, o caso foi levado para a matriz, via Alexandre Bompard, presidente global da empresa, e decidiu-se pelo ajuste na aquisição de R$ 1 bilhão.

No comunicado da rede divulgado esta semana, foi informado que R$ 350 milhões foram pagos em 11 de abril, enquanto R$ 550 milhões, com ajustes pelo CDI, e uma parcela variável de até R$ 100 milhões, de acordo com métrica a ser acordada entre as partes, serão pagos até o fim de maio de 2024.

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