Foto: istock

O índice de ruptura da Neogrid, indicador que mede a falta de produtos nos supermercados brasileiros, mostra que em setembro os produtos que apresentaram maior ruptura foram bebidas à base de soja, ovos e cerveja. O índice geral permanece alto e estável pelo sexto mês consecutivo, embora tenha registrado leve queda em relação a agosto: taxa de 11,1%, diante de 11,63% no mês anterior, conforme a base do ecossistema de dados presente na plataforma.

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Segundo Robson Munhoz, CCSO (ChiefCustomerSuccess Officer) da Neogrid, a queda no índice de ruptura de setembro foi concomitante ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 1,16% no mês – o maior para o mês de setembro desde 1994.

Os três produtos tiveram as seguintes oscilações em setembro, na comparação com agosto: bebidas à leite de soja, de 20%, ante 18,3% em agosto; ovos, de 15,9%, ante 17,2%, e cervejas de 15,3%, ante 11,9%.

“Ainda vemos um mercado bastante turbulento, com questões a serem resolvidas na cadeia de abastecimento e com aumento de preços de combustíveis, de energia e com variação cambial. Tudo isso afeta o mundo dos supermercados”, afirma.

No caso da cerveja, a falta do produto é a maior desde fevereiro e atingiu o terceiro mês consecutivo em alta. A ruptura da cerveja é puxada especialmente pela falta de embalagens para o envase – latas de 310 ml já não têm sido mais produzidas por algumas marcas, este ano, por exemplo.“Com a dificuldade de produção, estão sendo priorizadas aquelas embalagens que mais giram e, com isso, há o impacto direto na indisponibilidade”, explica Munhoz. Além disso, algumas empresas têm apresentado dificuldades em envasar o produto no vidro, o que contribui para a indisponibilidade nas gôndolas.

Das dez principais categorias de produtos com maior indisponibilidade aparecem ainda o leite longa vida, com 14,9% (16,5% em agosto); iogurte, com 14,3% (14,4%); água de coco, com 12,5% (11,2%); aperitivos e licores, com 12,2% (10,6%), produtos depilatórios, com 10,9% (15,6%); mistura alcoólica (caipirinhas, batidas e bebidas prontas), também com 10,9% (8,7%), e requeijão, com 10,8% (12%).

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