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21/02/2025
Americanas passa a fazer entregas de supermercados em favelas
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 08/06/2022
Foto: Divulgação
Depois de levar o comércio online de bens para as favelas, agora a Americanas vai oferecer a possibilidade aos moradores dessas comunidades de fazer as compras através de aplicativos e receber as encomendas dos supermercados em casa. A iniciativa começa em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, mas a ideia é expandir para outras comunidades.
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O desenho do projeto é o mesmo do iniciado em abril do ano passado, também em Paraisópolis. Na época, a companhia fechou parceria com a empresa de logística Favela Brasil Xpress, responsável pelas entregas na comunidade, e a organização G10 Favelas para colocar as comunidades na rota do varejo online. Até então, muitas entregas do e-commerce não chegavam às favelas por questões de segurança e paravam nas agências dos Correios mais próximas.
“Os resultados superaram bastante as expectativas”, afirma Marco Zolet, diretor executivo das categorias de mercado e conveniência da Americanas.
Segundo pesquisa do Outdoor Social Inteligência, especializado em classe C, o potencial deste segmento é bem grande. O levantamento mostra as dez maiores favelas podem movimentar R$ 7,9 bilhões por ano em vendas, sendo que somente Paraisópolis responde por R$ 705 milhões. Além disso, a lógica do varejo online de que a compra frequente de alimentos pode levar à venda de outros itens se aplica também a esse mercado.
O primeiro supermercado a de Paraisópolis conectado à plataforma da Americanas é o Brasileiríssimo. O sócio do minimercado, Daniel Cristovão, está otimista traça metas arrojadas para o empreendimento. Há um ano em funcionamento, a loja física fatura cerca de R$ 200 mil por mês. Com a ida para o marketplace, ele acredita que pode dobrar a venda.
Atualmente, 70 redes de supermercados nacionais e regionais estão presentes no marketplace da Americanas e, a iniciativa abre a possibilidade para os supermercados que atuam nessas comunidades entrar na plataforma.
Para Gilson Rodrigues, presidente do G10 Favelas, a entrada de pequenos comércios numa plataforma digital gigante, abre a possibilidade de vender não só para os moradores de Paraisópolis como do entorno também. “Esses comércios viram sellers de portais e se abre um campo novo de oportunidades.” hoje há em Paraisópolis 14 mil comércios que empregam 21% da população da comunidade.
As entregas das compras serão feitas pela empresa de logística Favela Brasil X-press, que usa bicicletas, tuk-tuk elétricos, e veículos que seguem baixa emissão de carbono. Os entregadores recebem cursos de capacitação e são da própria comunidade, o que facilita a circulação entre ruas e vielas.
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