Abilio Diniz seguirá investindo no Brasil e defende união entre trabalhadores e empresários
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 02/10/2018
Independentemente dos resultados das eleições no próximo domingo, Abilio Diniz não sairá do Brasil rumo a Miami, Londres, Lisboa ou qualquer outro destino. Atual presidente do Conselho da Península Participações e membro dos Conselhos do Grupo Carrefour e do Carrefour Brasil, o empresário afirma que seguirá por aqui firme na criação de empregos e na geração de riquezas. E acredita que seus pares do setor empresarial brasileiro farão o mesmo.
Em artigo publicado no Estadão, o rosto mais emblemático do autosserviço alimentar no País criticou o falso binário trabalhador x empresário, que costuma surgir em momentos de radicalização como o atual. "Somos duas faces da mesma moeda. Basta ver a história recente do País para constatar que trabalhadores e empresários sobem e descem juntos na gangorra da economia brasileira", analisou em um trecho do texto.
Nas palavras de Abilio Diniz, O Brasil não pode rachar numa retrógrada luta de classes, pelo contrário: a crise pede união e visão. "Seja quem for o eleito, a partir de janeiro ele será o presidente de todos. E uma forma segura de governar para o benefício de todos é dar melhores condições para os empresários trabalharem", defendeu.
Homem forte do Grupo Pão de Açúcar até 2013, Diniz reconhece que não é fácil ser empresário no Brasil, porém também lembra que o Estado sofre com a falta de recursos para investimentos. "Se o governo não pode investir, quem tem de investir são as empresas. Elas são e seguirão sendo o motor do sistema produtivo do Brasil e de qualquer país", afirmou.
Em outro trecho, o empresário pondera que a saída da crise depende de condições para que os empresários de todos os tamanhos realizem seu potencial. "Empreender requer agilidade e tomada de riscos, que não são características bem exercidas pelo Estado", opina.
Na visão de Abilio Diniz, empresários não querem benesses, subsídios ou desonerações, mas previsibilidade e um bom ambiente de negócios, supervisionado por um Estado justo, enxuto e eficaz. Tudo isso, segundo ele, vale mais do que qualquer "bolsa empresário".
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