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10/09/2025
Supermercados adotam medidas para combater desperdício de alimentos
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 10/09/2025

Foto: Adobe Stock
Especialistas destacam que o setor varejista tem potencial para influenciar hábitos de consumo e promover práticas sustentáveis. A avaliação é de que o segmento pode atuar na conexão entre fornecedores, clientes e parceiros, estimulando eficiência e redução de desperdícios.
Dados da FAO indicam que 17% dos alimentos disponíveis são desperdiçados globalmente, o equivalente a 121 quilos por pessoa ao ano. No Brasil, o IBGE aponta que 30% da produção se perde antes de chegar ao consumo, cerca de 45 milhões de toneladas anuais. Parte desse desperdício ocorre nos supermercados.
Por isso a necessidade de implementar sistemas de logística reversa e parcerias com fornecedores que reutilizam sobras. Essas estratégias estão conseguindo diminuir significativamente os custos operacionais.
A reutilização de alimentos não vendidos para a produção de compostagem, por exemplo, tem sido exigida pelos supermercados de grande porte, garantindo que menos produtos sejam descartados. Isso não apenas reduz o impacto ambiental, mas também reforça a imagem da marca junto aos consumidores.
O Grupo Carrefour Brasil implementa várias ações para combater o desperdício alimentar em suas operações, alinhando responsabilidade ambiental e social com sua visão de sustentabilidade e cuidado com a comunidade.
Entre as estratégias estão:
• Manutenção dos alimentos: práticas rigorosas para prolongar a vida útil e garantir qualidade e frescor.
• Dimensionamento racional de compras: planejamento cuidadoso para reduzir perdas por deterioração ou vencimento.
• Descontos em produtos próximos ao vencimento: incentivo à compra e consumo de itens que estão perto da data limite.
• Venda de coprodutos: transformação de sobras em itens como farinha de rosca e frutas picadas prontas para consumo.
• Doação de alimentos: destinação a organizações locais após esgotadas as possibilidades de reaproveitamento.
• Programa Únicos: desde 2017, comercializa produtos in natura fora do padrão estético, mas próprios para consumo, com descontos de cerca de 20%. Além dessas iniciativas, a rede mantém um projeto de economia circular que transforma sobras de frutas, verduras, ovos e produtos de padaria em compostos orgânicos.
Além disso, a Hortifruti Natural da Terra, no primeiro semestre de 2024, implementou estratégias de mitigação de desperdício, utilizando inteligência artificial e outras ações, recuperando em 1,7 milhão o volume de perda de itens em comparação com o ano anterior. A rede também tem um adubo produzido a partir da compostagem de resíduos de frutas, legumes e verduras, em parceria com o Ciclo Orgânico.
O impacto financeiro da sustentabilidade
Empresas que adotam práticas de economia circular, tendem a ter um aumento na eficiência operacional. Além disso, os clientes valorizam marcas que demonstram responsabilidade ambiental, o que pode gerar um aumento no engajamento e na fidelidade ao longo do tempo.
Implementar uma economia circular pode exigir um investimento inicial, mas os retornos a médio e longo prazo são evidentes. Essa abordagem oferece uma oportunidade concreta de alinhamento de sustentabilidade e lucratividade no varejo alimentar.
Caminhos para adotar a economia circular no varejo
Logística reversa: criação de sistemas para coleta e reaproveitamento de embalagens.
Parcerias com startups: colaboração com empresas que transformam resíduos em novos produtos.
Treinamento de equipes: capacitação de funcionários para integrar práticas sustentáveis nos processos diários.
Fonte: Metrópoles
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