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Merchandising sem disciplina é como um marketing sem direção. Essa é uma das principais causas de perda de vendas, mesmo quando se investe em campanhas brilhantes.

 

Existem muitas ações criativas, ofertas agressivas e embalagens inovadoras. Mas se a execução no ponto de venda não for rigorosamente padronizada e monitorada, todo esse investimento vira desperdício.

 

Posicionamento errado, materiais fora do lugar, etiquetas trocadas, preços desalinhados, exposição confusa. Esses detalhes, aparentemente pequenos, estão na linha tênue entre o sucesso e a frustração. Um PDV mal executado confunde o shopper, enfraquece a mensagem da marca e abre espaço para concorrentes invisíveis roubarem a venda.

 

Execução visual é um ativo estratégico

 

Merchandising no PDV não é uma tarefa pontual. É um organismo vivo que exige controle diário, fiscalização estruturada e feedback constante. No entanto, o que mais se vê são rotinas saturadas por relatórios superficiais, visitas esporádicas e ausência de ferramentas que assegurem a execução real do plano.

 

O maior desafio?

 

Mudar a mentalidade da gestão e do time de campo. A execução visual precisa deixar de ser tratada como um processo operacional e passar a ser encarada como parte essencial da estratégia de geração de demanda.

 

Como virar esse jogo?

 

1. Padronização minuciosa

 

Mapeie cada detalhe do merchandising, do local exato na gôndola à posição dos materiais promocionais, para garantir uma experiência consistente em todos os pontos de venda.

 

2. Monitoramento em tempo real

 

Use a tecnologia a favor da execução. Apps com fotos geolocalizadas, dashboards integrados e inteligência artificial ajudam a identificar falhas com agilidade.

3. Feedback rápido e contínuo

 

Crie um fluxo de comunicação estruturado entre campo, trade e marketing. A correção de desvios precisa ser mais rápida que a perda da venda.

 

4. Cultura de responsabilidade

 

Treine e engaje as equipes para que enxerguem a execução como tão vital quanto a criação da campanha. Toda falha operacional é uma oportunidade desperdiçada.

 

Os números não mentem

 

Sabemos que muitas campanhas promocionais são executadas com falhas no PDV. Isso significa que, a cada quatro ativações, uma pode estar comprometida, seja por ausência de material, posicionamento incorreto ou preço fora do padrão.

 

Essa realidade custa caro. Mas pode ser revertida com processo, tecnologia, cultura e disciplina.

 

Em tempos de hipercompetição e excesso de estímulos, a consistência visual no ponto de venda é um diferencial competitivo que não pode ser terceirizado ao acaso.

 

Marcas que tratam a execução como prioridade estratégica colhem mais do que vendas: constroem relevância, preferência e consistência.