Perdas na seção de mercearia ultrapassam a do hortifrúti em lojas de vizinhança
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 21/06/2024
As perdas são um dos principais desafios do varejista, e, no caso das lojas de vizinhança, os setores mais afetados são a mercearia (55%), seguido pelo FLV (38%), padaria e confeitaria (21%) e perfumaria (17%).
Dentre os motivos mais citados para as perdas nesse canal estão os produtos avariados ou fora da validade, com 68%. Logo depois, os furtos (29%), erros na gestão do estoque e faturamento abaixo do esperado (11% cada) e produtos danificados por clientes (8%).
Uma das soluções para diminuir as perdas são as parcerias com a indústria. Sendo que 81% dos varejos desse formato afirmam que essa colaboração é efetiva para ressarcimento de perdas e evitar as quebras operacionais.
Os dados pertencem ao levantamento do Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo), que conta com 100 empresas do varejo alimentar na capital paulista, e foi realizado na primeira semana de maio. Além dos mercados de vizinhança, a pesquisa também analisou os supermercados, e demonstra que a seção “campeã” de perdas nesse estilo de comércio é o FLV (65%), seguido pelas carnes e mercearia (32% cada), padaria e confeitaria (22%) e laticínios (14%).
Entre os motivos principais motivos para as perdas nos supermercados, os produtos avariados ou fora da validade também levam o primeiro posto, com 59%. Em seguida estão os erros na gestão de estoque (24%), produtos danificados por clientes (22%), furtos (19%), problemas de armazenamento (16%) e faturamento abaixo do esperado (5%).
Para este canal, a parceria com a indústria se mostra ainda mais essencial, uma vez que 95% dos entrevistados afirmam que ela é uma das grandes chaves para reverter esse cenário.
Considerando ambos os canais, as perdas alcançaram a média de 8%, enquanto o lucro foi de 2% durante o período. Além disso, 60% das empresas afirmaram que as perdas se mantiveram estáveis em relação ao ano passado, enquanto para 24% elas aumentaram.
Para combater as perdas, as empresas também citam o gerenciamento de estoque (75%), aumentar os treinamentos dos colaboradores (17%), investir em equipamentos de segurança e vigilância (12%), realizar inventários físicos periódicos (5%), contratação de equipe especializada em prevenção de perdas (4%), criação de indicadores (4%) e cadastro correto de produtos (3%).
Fonte: Terra