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A AGAS (Associação Gaúcha de Supermercados) iniciou um novo ciclo no dia 16, com a posse de Lindonor Peruzzo Junior na diretoria. O empresário assume o comando da entidade até 2027, após acordo que sucedeu o histórico empate na eleição do ano passado.

A troca de gestão marca o fim dos 22 anos de liderança de Antônio Cesa Longo e inaugura uma fase que coloca a sucessão familiar e a renovação de lideranças no centro da pauta.

 

Oriundo do núcleo AGAS Jovem, que presidiu em 2005, Peruzzo Junior reforçou a importância de aproximar novas gerações dos dirigentes tradicionais do setor. Para isso, anunciou um programa de sucessão familiar voltado a preparar sucessores e sucedidos das empresas supermercadistas gaúchas. O núcleo será comandado por Isadora Stangherlin e terá como prioridade integrar jovens empresários à rotina de gestão e aos principais debates estratégicos da entidade. “Queremos garantir continuidade para as empresas, apoiando a formação de novos líderes e criando condições para que se sintam parte do setor desde cedo”, afirmou.

 

A inclusão também será fortalecida pelo AGAS Mulher, que passa a ter como presidente Patrícia Machado. O grupo pretende ampliar capacitações e encontros entre supermercadistas, além de liderar projetos sociais, culturais e ambientais. “Nosso setor é majoritariamente familiar, e as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço em posições de decisão. Queremos valorizar esse protagonismo e ampliar o impacto das lideranças femininas”, destacou Peruzzo Junior.

 

A nova diretoria tem ainda a meta de elevar a base de associados. Hoje são pouco mais de 200 empresas, e a previsão é alcançar 1.000 já no primeiro ano, um aumento de aproximadamente 400%.

O plano envolve ações de mapeamento, inclusão e engajamento, além da oferta de eventos, treinamentos e informativos periódicos para apoiar a tomada de decisão no setor. A Associação também anunciou a contratação de uma assessoria econômica para orientar os supermercadistas diante de desafios como reforma tributária, inflação e taxa de juros elevada.

 

Outro eixo será a reorganização da articulação política. Com assessoria de relações governamentais dedicada, a AGAS buscará intensificar o diálogo com Executivo e Legislativo em pautas como competitividade e correções fiscais que afetam sobretudo pequenos e médios supermercados. “Queremos uma AGAS mais forte politicamente, mas também mais democrática. Uma das mudanças aprovadas prevê que a presidência só poderá ter uma reeleição, garantindo alternância no comando e espaço para novas lideranças”, explicou o presidente.

 

“O grande objetivo é construir uma AGAS inclusiva, participativa e conectada ao futuro. A sucessão familiar é parte central desse processo, porque garante que o setor siga inovando e se fortalecendo com a contribuição de diferentes gerações”, concluiu Peruzzo Junior.