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30/06/2025
Fórum Regional chega ao RS com insights e cases exclusivos para fortalecer a relação entre o varejo e a indústria
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 30/06/2025
Foto: SA+ Ecossistema de Varejo
Mais uma edição do Fórum Regional foi realizada com sucesso. Dessa vez, no Rio Grande do Sul reunindo profissionais do setor em um dia recheado de insights, cases de sucesso, exemplos práticos e muito networking. Finalizamos o evento com a sensação de objetivo cumprido, aproximando ainda mais varejo e indústria para um crescimento conjunto.
Suzano
A fabricante recentemente anunciou uma joint venture com a Kimberly-Clark, fortalecendo sua atuação no segmento de tissue – papel higiênico, lenço e tolha. Para se ter uma ideia, a Suzano conta com 13 fábricas instaladas e mais uma unidade a caminho, que será inaugurada em breve. Em 2023, a Suzano comprou a marca Neve, da Kimberly-Clark, levando a fabricante à liderança de mercado em diversas regiões do País. A transação fortaleceu sua estratégia de incentivar o trade up nas categorias em que atua. Além disso, o digital tem feito parte das iniciativas da empresa. No GPA, por exemplo, 25% do que a Suzano vende é no e-commerce da varejista.
Banco Senff
A empresa analisou como os atuais acontecimentos geopolíticos e econômicos estão impactando as cadeias de abastecimento e o ambiente de atuação do varejo. O atual cenário global deve manter, por exemplo, as taxas de juros mais altas por mais tempo. Entre os eventos citados pelo banco, estão os diversos conflitos em andamento: guerra Ucrânia x Rússia, tensão entre China e Taiwan, que é a maior produtora do mundo de chips (a participação chegou a 99%). Para evitar o risco de escassez da tecnologia, os EUA passaram a incentivar a fabricação em países mais seguros – entre eles, o México, que já responde por 10% da produção de microchips. Em geral, os países estão pagando mais para produção desse e de outros produtos em locais mais seguros, o que eleva o preço, especialmente de commodities, gerando inflação em diversos países, incluindo o Brasil.
Docile
Posicionada entre as 100 maiores empresas de doces do mundo, a fabricante atua em 7 categorias cujo potencial para atrair consumidores e gerar rentabilidade é alto. A perspectiva futura também é positiva. No Brasil o consumo de confeitos, por exemplo, é de 1,06 produto por habitante, enquanto nos EUA é de 7,48. A indústria cresceu 18% neste ano sobre 2024, acima do mercado. Os caramelos mastigáveis, por exemplo, avançaram 14%. Para incentivar o consumo, a Docile tem apostado em inovações. Lançou recentemente o marshmallow de pistache, além de realizar uma collab com a marca Melissa.
Ambev
A cervejaria atua em duas das três categorias que mais alavancaram o faturamento do varejo alimentar no ano passado. No Brasil, 78,6 milhões de pessoas consomem cerveja em casa. A bebida, consequentemente, está presente em 73% dos lares e é consumida duas vezes por semana. Entre os objetivos da Ambev está fazer com que os brasileiros bebam cerveja ao menos duas vezes semanalmente. Um dos pilares para isso é incentivar o consumo de cervejas sem álcool, o segmento que mais cresce. Movimento semelhante acontece com os refrigerantes zero, que começam a ser liberadas por escolas que buscam educar para uma alimentação mais saudável. Por conta disso, é grande a importância de aumentar o espaço dedicado a esses produtos nas gôndolas. Também está entre as prioridades da Ambev o nível de serviço aos clientes, que já aumentou 8,9% em 2025.
Rock Encantech
O varejo está mudando, assim como os clientes. Por isso, o CRM tem se tornado uma âncora num mercado que pede um foguete. Isso porque nem todas as empresas que usam a ferramenta conseguem extraem o máximo delas. Para mudar esse cenário, é importante atuar sobre três pilares: ciência do consumo, monetização e encantamento. Dessa forma, o varejista pode se tornar uma plataforma de encantamento – envolvendo dados, digital e físico – e assim fidelizar os consumidores.
Flora
A empresa conta com um portfólio completo de limpeza para casa e de higiene e beleza. No primeiro grupo, estão marcas como Assim, Brisa, Mat Inset e Minuano, que foi reposicionada recentemente. Entre os destaques da linha, está o sabão em pó Minuano tamanho família, que rende 30 lavagens. Segundo a Flora, esse formato é o que mais cresce na categoria, com avanço de 20%. Na linha de higiene pessoal, uma das novidades é o lançamento de Kolene Baby, destinado a crianças de até três anos e aprovado por pediatras. O produto conta com óleo de baobá e lavanda e é destinado a cabelos cacheados e crespos. Na marca Neutrox, que teve seu relançamento em agosto do ano passado, a novidade é o patrocínio no programa Tardezinha.
Inwave
Escassez de mão de obra e perdas são alguns dos principais desafios operacionais do varejo alimentar. Para a Inwave, uma forma efetiva de lidar com esses problemas é contar com a tecnologia como aliada. A partir dela, é possível aperfeiçoar a produtividade, por exemplo, centralizando ainda mais as operações. Uma possibilidade é utilizar a estrutura já existente nas lojas, como fez o Novo Atacarejo. A parceria passou pelo uso de recursos de nuvem, atuação em tempo real, utilização intensiva e inteligente de imagens, etc.
Festtone
A marca foi adquirida recentemente pela Marilan, reforçando seu portfólio sazonal. A Festtone é uma das principais fabricantes de panetones do País. O produto ainda tem a sua venda concentrada de novembro a janeiro, mas conta com potencial para ser consumido nos demais meses do ano. No Rio Grande do Sul, as vendas também se destacam em janeiro, com 21% de participação. Se considerarmos as versões presenteáveis, a fatia sobe para 31% no primeiro mês do ano. O Estado é o 4º maior consumidor da categoria. No ano passado, a marca Festone cresceu 51% em volume, consolidando-se como a terceira mais comercializada nacionalmente na categoria.
Midfy
Segundo a empresa, estamos em um novo momento para colaboração entre varejo e indústria, o que joga luzes sobre o trade marketing e o JBP (Joint Business Plan). A Midfy, aliás, possui uma solução capaz de tornar esse processo mais estratégico e de automatizar o controle de cada etapa definida. Afinal, em 90% das vezes, o JBP não cumpre seus objetivos. Isso acontece devido à falta de acompanhamento, à dificuldade de execução e ao fato de não haver compartilhamento de dados – todos desafios que estão contemplados na ferramenta da Midfy.
Oliveira
Fabricante de doces, a Oliveira cresceu nada menos do que 500% de 2013 até agora. Só em 2025, o faturamento deverá alcançar R$ 190 milhões e subir para R$ 400 milhões em 2030. A empresa é líder em bala de banana, Xup Leite e doce de leite, vendendo seus produtos em importantes varejistas do Rio Grande do Sul. Entre eles, estão Cia. Zaffari, Master, Comercial Zafari e Atacadão, com quem atua desde 1973. Com 5 centros de distribuição, realiza mais de 30 mil entregas ao ano e possui aproximadamente 5.000 clientes diretos ativos, o que soma mais de 30 mil lojas.
Seara
Cliente e consumidor no centro das decisões ganham cada vez mais o foco da Seara. No varejo, a empresa pretende trabalhar com base principalmente em eficiência comercial e em geração de valor, entre outros pontos. Para estreitar a relação com o setor, a Seara conta com nova estrutura, que empodera suas regionais para agilizar o atendimento. Também vai focar o JBP (Joint Business Plan), que conta com 5 etapas: diagnóstico, objetivo, definição de estratégia e acompanhamento. Outro destaque é o nível de serviço, que terá ainda mais prioridade. Soma-se a isso o fortalecimento de suas marcas e a liderança em inovações nos mercados em que atua. Entre as novidades estão as linhas Panelinhas, Air Fryer e Netflix. Em breve, chega ao mercado a Seara Protein, que traz 3 opções de refeições com 30 g de proteína por porção. O produto já vem pronto para consumir.
LedWave
O varejo pode disputar uma verba de R$ 51,4 bilhões com as mídias tradicionais, segundo a LedWave. Nessa conta, estão, por exemplo, os investimentos em publicidade, que podem ser capturados pelos varejistas por meio do retail media. Para abocanhar parte dessa verba, as empresas do setor precisam estar atentas a alguns pontos, como garantir uma comunicação mais dinâmica para as marcas. Somam-se a isso agilidade nas campanhas e conectividade, entre outros aspectos. Nesse cenário, o uso estratégico de telas de LED surge como uma importante fonte de faturamento adicional. A LedWave implementou um projeto com o Grupo Mateus, no qual o investimento de R$ 18 mil em cada tela de LED gerou um retorno de R$ 80 mil para o varejista.
Red Bull
A categoria de energéticos foi uma das que mais cresceu nos últimos anos: de 2021 até 2024, a alta foi de 72%. Segundo a Red Bull, esse aumento acontece com o desenvolvimento de novas ocasiões de consumo. A expectativa é de crescer mais 81,5% até 2028. Entre os motivos para isso, está o público mais jovem, que consome cafeína por meio principalmente da bebida. Apesar do avaanço, o espaço de exposição no varejo alimentar ainda é inferior à participação da categoria nas vendas. Equiparar as participações gera melhores resultados, segundo a fabricante. As inovações também têm papel importante, como o Amora, do segmento sem açúcar, e a edição especial de melão, que agora faz parte do portfólio regular. Para o inverno, chega o Winter Edition Blueberry & Baunilha, disponível tanto na versão com açúcar quanto sem o ingrediente.
Palestras
Shopping Brasil
Embora devesse ser uma regra, margem e ofertas nem sempre andam juntas. Para mudar essa realidade de muitos varejos, é preciso cruzar dados externos com os da empresa. Levantamento feito pela consultoria Shopping Brasil avaliou 157 ofertas comparáveis no mercado gaúcho no período de uma semana, a partir de um varejista específico. A principal conclusão é que esse supermercadista tinha alguns dos produtos mais baratos do mercado, que iam de 11% a 41% inferiores aos concorrentes. A conclusão da análise é de que o varejista não precisaria praticar preços tão abaixo dos seus competidores. Se ele subisse um pouco mais o preço, seus ganhos em margem seriam significativos. Outra recomendação feita pela consultoria é a importância de analisar se existem mecânicas mais interessantes do que a redução dos preços.
Scanntech
O varejo alimentar registrou alta de 6,3% no faturamento entre janeiro e abril deste ano. No período, houve aumento nos preços de 6,9% e queda de 0,6% em unidades vendidas, sem descontar o efeito calendário. No Rio Grande do Sul, os preços se elevaram em 5,5% ao mesmo tempo em que houve alta de 1,1% em unidades vendidas. Dessa forma, o faturamento aumentou 6,7% de janeiro a abril deste ano no Estado. A região sul riograndense foi a que teve maior alta na receita, com avanço de 7%. Na sequência, vem o centro norte do Estado, crescendo 5,4%, e a Grande Porto Alegre, que subiu +3,2%.
The Partnering Group
O varejo precisa ser protagonista no JBP (Joint Business Plan). O processo é cada vez mais essencial para o desenvolvimento dos negócios entre varejo e indústria. Além de alinhar estratégias de longo prazo, esse trabalho em conjunto contribui para ambos estarem sempre antenados às novas tendências e movimentos que impactam os produtos vendidos. Um exemplo é o crescente uso de medicamentos como Ozempic e Monjaro, que mudam quanto e o que os consumidores comem. Para se ter uma ideia, 20% da população já tomou algum desses medicamentos, o que, segundo pesquisas de mercado, já está reduzindo a presença de alimentos e bebidas nos lares onde há alguém que faz esse tipo de tratamento. Por isso, momentos de planejamento como o JBP podem ser fundamentais para aumentar o sell out de produtos que façam mais sentido para as pessoas. Em cases de desenvolvimento de planos comerciais acompanhados pela empresa foram registrados crescimentos de 5,7% até 25%. Nos casos em que as parcerias envolviam e-commerce, houve crescimento de até 220%.
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