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Que o varejo alimentar enfrenta um grande problema com a contratação de colaboradores, é uma situação que você já vive. Faltam principalmente profissionais ligados à operação, como açougueiros, padeiros, confeiteiros, operadores de empilhadeira e até técnicos de manutenção e de refrigeração.

Algumas estatísticas têm pipocado na mídia sobre o tema. Entre eles, o fato de que o tempo médio para preencher vagas operacionais dobrou, indo a 30 dias – dependendo da região. Já o percentual de vagas abertas há mais de 30 dias é de 25% do total.

Paralelamente, um movimento vem tornando o cenário um pouco mais complexo. Fruto das constantes mudanças no comportamento do consumidor e na sua forma decidir as compras, alguns departamentos estão ganhando importância nas empresas de varejo, enquanto outros vêm sendo criados.

O trade marketing, por exemplo, tem assumido um papel mais estratégico devido ao atual cenário de competitividade do setor. Com o consumidor indo de 7 a 9 canais e a concentração das compras promocionais nos 10 primeiros dias do mês, o departamento pode contribuir para estabelecer uma relação mais emocional com o consumidor por meio da experiência de compra. Há, inclusive, redes que já implementaram uma diretoria de trade marketing.

Outro exemplo é a área de Experiência do Cliente, que já está se disseminando há algum tempo no varejo alimentar. Com 36 unidades, a paulista Coop criou recentemente esse setor na empresa, que reúne CRM, insights, SAC e programa de fidelidade. A gerente do departamento responde diretamente ao CEO, demonstrando a visão estratégica da cooperativa.

Na esteira das vendas online, as varejistas que operam essa modalidade têm adotado um setor responsável especificamente pelo e-commerce e toda a operação envolvida com esse negócio. Soma-se à lista cadeiras especializadas em CRM e fidelização dos consumidores, geralmente atreladas ao marketing, com o objetivo de interpretar os dados dos clientes e transformá-los em insights e oportunidades.