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25/10/2025
Com 40% dos consumidores usando IA para pesquisar produtos, supermercados precisam adaptar suas estratégias de comunicação digital
POR Gabrielly Mendes
EM 24/10/2025

Foto: Adobe Stock
O uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) na decisão de compra está influenciando o comportamento do consumidor e o varejo alimentar precisa acompanhar esse movimento.
Segundo a pesquisa “Inteligência Artificial na Vida Real 2025”, conduzida pela Talk, em parceria com Tera e Instituto Kunumi, 40% dos consumidores no país afirmam usar IA generativa, como ChatGPT e Gemini, para buscar informações sobre produtos que desejam adquirir, seja diariamente ou semanalmente.
O principal motor dessa adoção é a praticidade. De acordo com o estudo, 45% dos entrevistados utilizam IA para economizar tempo, 34% para reduzir o esforço da busca e 33% para comparar opções de forma mais fácil.
Essa mudança impacta diretamente a forma como o varejo deve se comunicar com o público. O consumidor passa a interagir com a tecnologia de modo conversacional, transformando a pesquisa de compra em um processo mais dinâmico e personalizado.
No contexto dos supermercados, essa tendência exige novas estratégias de visibilidade digital. Se antes bastava otimizar sites e catálogos para mecanismos de busca, agora entra em cena o conceito de GEO (Generative Engine Optimization), conjunto de práticas voltadas a garantir que marcas apareçam nas respostas geradas por sistemas de IA.
Isso significa que a vitrine não é mais apenas física ou online, mas também conversacional. As descrições de produtos, campanhas de marketing e conteúdos precisam ser estruturados para dialogar com as ferramentas que os consumidores já utilizam para decidir o que comprar e onde comprar.
Além disso, a transparência e o uso ético dos dados se tornam fatores-chave para manter a confiança do cliente. O estudo aponta que apenas 31% dos consumidores aceitariam recomendações personalizadas se tivessem clareza sobre o uso de suas informações.
Assim, os varejistas que investirem em estratégias de personalização responsáveis poderão construir vantagem competitiva nesse novo cenário.
A IA não substitui a relação humana, mas complementa. A presença digital precisa ser pensada de forma integrada, contemplando desde o SEO tradicional até a relevância em sistemas de IA generativa.
Em um futuro próximo, o consumidor poderá decidir sua compra de supermercado após uma conversa com um assistente virtual, e as marcas que não aparecerem nessas respostas correm o risco de desaparecer também da cesta de compras.
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Gabrielly Mendes
Repórter








