09/08/2025
A revolução da IA já começou e quem demorar vai ficar para trás
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 04/08/2025

Foto: SA+ Ecossistema de Varejo
A inteligência artificial não é uma continuação do que já foi feito, é uma ruptura. Essa foi uma das principais mensagens trazidas por Arthur Igreja, especialista em inovação e tecnologia, durante sua palestra no Trade Connection, o maior evento de trade marketing do Brasil, que reuniu quase 2.000 profissionais da área. Diante de um auditório lotado, Igreja foi enfático: “IA não é repetir o processo feito anteriormente, é renovar. Empresas não podem usar o mesmo desenho de outras tecnologias e aplicações para IA.”
Em um cenário onde a inteligência artificial generativa avança de forma exponencial, Arthur Igreja comparou o momento atual ao início da era da internet discada. Segundo ele, apesar da tecnologia ainda estar engatinhando, seu impacto já é visível em todas as áreas do mercado, com destaque para marketing e vendas. “Estamos em um momento precário, sim, mas é exatamente por isso que é preciso mergulhar com pressa para não ficar por último na corrida”, afirmou.
Para o palestrante, estamos vivendo uma transição tecnológica que, como outras na história, vem acompanhada de medo, confusão e resistência. A diferença, porém, está na velocidade. Se a digitalização levou anos para se consolidar, a IA avança em meses e exige uma resposta igualmente rápida por parte das empresas. Igreja citou o exemplo do McDonald’s, que demorou a entrar no mundo digital e viu concorrentes ganharem espaço com maior agilidade.
A transformação que a IA promove vai além da automação. Ela está remodelando o próprio conceito de trabalho. Para Arthur Igreja, tarefas operacionais tendem a ser cada vez mais delegadas a sistemas inteligentes, enquanto os humanos se concentrarão em decisões estratégicas. “Vamos precisar guardar o cérebro para coisas mais relevantes. A IA pode, sim, tomar decisões por nós, e isso não é uma ameaça, é uma libertação de potencial”, explicou.
Durante a palestra, o especialista também chamou atenção para os impactos da IA na cultura digital e no consumo. A facilidade de produção de conteúdo gerada por ferramentas automatizadas, por exemplo, tem levado a uma crise de relevância: com tanto material disponível, a audiência está cada vez mais seletiva. “Estamos vendo uma queda no consumo de conteúdo, justamente porque ficou muito fácil produzir e isso nem sempre vem com qualidade”, disse.
Por fim, Igreja apontou para o futuro a era de hipercustomização, onde a IA será usada para criar experiências personalizadas em todos os pontos de contato com o consumidor, inclusive no PDV físico. Ele defende que, ao invés de temer a transformação, as empresas devem abraçá-la com urgência. “O que está vindo é muito interessante. A IA é uma ferramenta de descoberta, de aceleração e de reinvenção. A hora de agir é agora.”
A fala de Arthur Igreja deixou claro que a inteligência artificial não é mais um tema do futuro e exige decisões rápidas, estratégias bem definidas e disposição para mudar. Como ele bem resumiu, essa corrida já começou, e quem hesitar pode não ter uma segunda chance.
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