Você está extraindo o máximo de seu shopper na seção de saudáveis?
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 22/11/2023
Foto: Freepik
Se há um mercado que resiste às intempéries da economia é o de saudáveis. Nada abala a preocupação do consumidor em buscar esses produtos. Mas você está extraindo o máximo deles na sua loja? Descubra nos exemplos práticos de redes varejistas e nas recomendações dos consultores e fornecedores
Se, por um lado, a pandemia foi um trampolim para o já crescente mercado de saudabilidade, por outro, as privações vividas no período também levaram ao crescimento dos produtos indulgentes. Por isso, a combinação desses atributos tem aumentado o interesse do consumidor por "indulgências funcionais", como salgadinhos sem glúten, refrigerantes e chocolates sem açúcar, além das versões isentas de lactose. Outro exemplo são as bebidas proteicas e pães e bolos com alta concentração de proteína, que, além de saudabilidade e funcionalidade, garantem praticidade e agilidade para o consumidor.
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Potencial de consumo
4º lugar é a posição que o Brasil ocupa no ranking global de países que mais vendem alimentos e bebidas saudáveis
181,6 bilhões de reais é a média de quanto esse mercado movimenta no Brasil
27% Crescimento esperado do setor até 2025
Fonte: Euromonitor International
64% dos brasileiros dizem estar dispostos a pagar um preço acima da média por alimentos saudáveis e produzidos de forma sustentável
Fonte: Instituto Akatu e GlobeScan
Os leites vegetais são outra categoria entre as que mais crescem na seção de plant-based, de acordo com a Euromonitor , que também aponta em sua pesquisa os proteicos e os refrigerantes diet como mercados em ascensão. Michel Jasper, CEO e fundador da Web Jasper , acrescenta à lista os produtos sem glúten em geral e os orgânicos, cuja perspectiva também é de continuarem avançando como reflexo da preocupação dos consumidores com a procedência dos alimentos.
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Sobre os consumidores brasileiros
88% Buscam informações no rótulo dos produtos nas padarias e mercados
70% Compram alimentos à base de plantas
81% Querem ser informados sobre a origem dos alimentos e como eles são feitos
40% da população brasileira possui algum nível de intolerância à lactose e mais de 1 milhão de pessoas sofrem alguma restrição ao glúten, segundo dados da Acelbra
27% Crescimento de produtos sem lactose
9,8% Avanço das vendas de produtos orgânicos
Fonte: Dados dos últimos dois anos da base da Web Jasper
“Se você não está apostando nos dados e incrementando a seção de saudáveis, está ficando para trás e indo na contramão do mercado"
MICHEL JASPER - CEO e fundador da Web Jasper
Nova rotulagem
No dia 9 de outubro de 2022 entrou em vigor a lei da Rotulagem de Alimentos, que exige dos fabricantes a inclusão de sinalizadores de alto teor (a chamada lupa) na parte frontal dos produtos. O prazo de adaptação foi de um ano e agora a regra passa a ser aplicada com maior vigor.
Segundo Rodrigo de Mattos, analista sênior da Euromonitor, outros países que passaram por um processo semelhante tiveram uma queda inicial nas vendas dos itens com sinalização, pois as pessoas são impactadas pela informação sobre o teor de determinados ingredientes. Entretanto, esse é um comportamento inicial, com muitos produtos voltando à normalidade após o período. Posteriormente, ambas as categorias tendem a crescer juntas.
Celso Araújo, diretor de novos negócios da marca “Da Magrinha”, reforça o comportamento de retração. Segundo ele, pesquisas indicam que, em outros países, produtos que recebem a lupa têm uma redução de 20% a 50% no consumo. Na contramão, o consumo de hortifrútis, frescos e naturais, refrigerados e industrializados que não recebem esses sinalizadores cresce até 10 vezes, afirma o executivo. A empresa, por exemplo, verificou um crescimento de 50% no 2º semestre de 2022 em relação ao primeiro do mesmo ano. Em 2023, a Da Magrinha já cresceu quase 50% sobre 2022. Entre os motivos para esse avanço, estão a lei da rotulagem e o aumento de conscientização dos consumidores.
Essa matéria foi originalmente publicada na edição de Novembro
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