Foto: Divulgação

Um estudo realizado pela Varejo 360 Inteligência e Pesquisa de Mercado analisou para onde migraram os clientes e, consequentemente, as vendas das 27 lojas Extra Hiper no Estado de São Paulo, que passaram para as mãos do Assaí. De acordo com a análise, o Carrefour é quem tem absorvido a maior parcela de consumidores da antiga concorrente enquanto essas unidades permanecem fechadas, em processo de conversão. 
 

No período pré-venda dessas lojas (julho/2021 a novembro/2021), a participação da empresa de origem francesa no Pocket Share, indicador de gastos do consumidor medido pela consultoria, era de 18,4%. Após a venda dessas unidades do GPA para o Assaí (fevereiro/2022 a abril/2022), a fatia subiu para 26,6% − uma alta de 8,2 pontos percentuais ( clique aqui e acesse o estudo completo ). 

Boa parte da participação do Extra no Pocket Share no período anterior à venda (19,6%), também foi diluída após a negociação das 27 unidades entre diversos outros concorrentes. Esse grupo passou de 41,7% para 51,2%, o que representou um ganho de 9,5 pontos percentuais. Já o Assaí ampliou sua fatia em 1,4 pp no período, saindo de 10,3% para 11,7%. 
 

Segundo análise da Varejo 360, o plano e o cronograma de conversão das lojas Extra para Assaí passam a ter um papel relevante para as principais varejistas do segmento alimentar que têm capital aberto. Vale lembrar que, no ano passado, a rede de cash & carry adquiriu 71 unidades de hipermercados do GPA. Dessas, 60 já foram divulgadas ao mercado, sendo 27 no Estado de São Paulo.

A consultoria também avalia que quanto mais demorarem as conversões, mais o Grupo Carrefour terá facilidade para entregar vendas e resultados, além de ter a oportunidade de fidelizar os clientes em seu portfólio de bandeiras e formatos de loja. A empresa de inteligência alerta, contudo, para o fato de que a reabertura das unidades pelo Assaí no segundo semestre tende a acelerar a migração de shoppers e vendas do hiper para o atacarejo, que já vinha em curso. Nesse caso, acredita a consultoria, o principal impactado deverá ser o Grupo Carrefour. 

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