Rede do Nordeste investe em automação de processos

Objetivo é reduzir falhas na gestão de estoque e liberar profissionais de atividades burocráticas para criar excelência de atendimento ao cliente

Foto: Divulgação

A rede Mercadinhos São Luiz investiu na automação de processos ou tarefas repetitivas para reduzir falhas na gestão de estoque e liberar profissionais de atividades burocráticas para criar excelência de atendimento ao cliente. A rede, uma das principais do Nordeste brasileiro, tem 23 lojas espalhadas por Fortaleza e cidades do interior do Ceará, 

 “Conseguimos economizar 1000 horas de trabalho burocrático por mês usando robôs digitais, o que significa que nossos profissionais estão agora mais satisfeitos, dedicados a funções estratégicas do negócio, mais produtivas e que geram percepção de valor aos consumidores e parceiros”, diz Márcio Falcão, diretor de TI do Mercadinhos São Luiz.

De acordo com o executivo, a rede automatizou todo o fluxo de trabalho burocrático que suporta os pedidos e o estoque de produtos perecíveis da seção hortifrúti, em todas as lojas. “Por conta da perecibilidade dos produtos, a gestão dessa seção é sempre um desafio, porque exige uma coordenação dinâmica, praticamente simultânea, do que entra, do que sai e do que precisa ser estocado, para que não falte frutas e verduras de qualidade na gôndola e nem haja desperdício”, explica Falcão.

Segundo ele, antes do robô cerca de quatro coordenadores da seção, em cada loja, gastavam em média 3 horas diárias cada um na tarefa repetitiva de digitar pedidos e dar baixa de produtos no sistema.

“Era uma atividade desgastante e muito sujeita a erros, de digitação inclusive, que acabavam gerando falhas no estoque. Além disso, uma atividade que tomava tempo de uma força de trabalho numerosa, importante e qualificada”.  Atualmente, o robô faz essa tarefa, o que proporciona mais previsibilidade, porque o sistema segue atualizado em tempo real e de forma correta, gerando um ganho operacional gigantesco que se reflete também e principalmente na satisfação do cliente e do colaborador.  “Liberado desse tipo de tarefa, o time pode interagir mais com as pessoas, ter ideias, enfim, realizar trabalho de gente e não de robô”, afirma.

A plataforma adotada pela empresa foi a UiPath, que proporciona uma série de ferramentas fáceis de serem integradas à arquitetura instalada, mas sem rigidez, ou seja, com potencial de expansão da automação para outros processos e de forma sustentável. “Funciona como peças de lego que a gente vai selecionando conforme a demanda e cenário do cliente”, ilustra Carlos Sérgio Mota Silva, sócio-diretor da consultoria P4Pro, parceira da UiPath no Brasil, e que deu todo o suporte ao Mercadinhos São Luiz na jornada da automação.

Todo o processo levou quatro meses, ocorreu em meio à pandemia e precedeu a abertura de mais três novas lojas da rede, no ano passado. “Agora estamos expandindo a automação para novos processos, como o de agendamento da entrega de produtos na distribuição, com robôs funcionando 24 horas por dia. E nenhum dos nossos profissionais foi desligado”, ressalta Falcão.

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