Próximos passos da transformação digital no varejo alimentar
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 29/09/2020
"Não é mais o cliente que vai à loja, é a loja que vai ao cliente. Essa é a grande lição que ficará como um dos principais legados da pandemia, na visão de Alberto Serrentino, CEO da Varese Retail . Segundo o especialista, essa mudança de modelo mental de um varejo reativo e passivo para um varejo proativo significa entender jornadas, antecipar necessidades, multiplicar pontos de contato, ativar proativamente os clientes, capturar dados e, de fato, gerenciar clientes de uma maneira muito mais granular do que se faz hoje. "É isso que vai moldar um novo modelo de varejo e vai acelerar a transformação digital dos negócios", completa Serrentino.
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Conheça agora um pouco da visão das duas maiores redes supermercadistas do país sobre os próximos passos da transformação digital dos negócios. Ambas estão investindo em inovação, e não só no atendimento ao público, mas em diferentes áreas de cada companhia.
Carrefour: digitalização de todo ecossistema
“Entendemos que Transformação Digital é uma realidade e tendência na nossa sociedade. Esse é um dos motivos pelos quais ela é um dos nossos três pilares estratégicos, além de Expansão e Transição Alimentar. Há dois anos, nossa área de Recursos Humanos vem avançando em diversas frentes que tornam a jornada do colaborador mais eficiente e digital. São iniciativas desde o processo seletivo digital até o formato de trabalho”, destaca Paulo Farroco, Diretor de Tecnologia da Informação do Carrefour Brasil .
Nesse sentido, daqui em diante a companhia tem como uma das metas continuar com o avanço da digitalização de todo seu ecossistema que, no último trimestre, teve resultados considerados extremamente positivos. "A integração dos formatos é comprovada pelo aumento de novos clientes, que representaram 60% das vendas do e-commerce, sendo 70% deles totalmente novos para o ecossistema da empresa, no segundo trimestre. Além disso, em menos de seis meses, desenvolvemos uma nova plataforma online, que será mais ágil e deve ser lançada neste segundo semestre", afirma Farroco.
GPA: marketplace e disrupção
Outro gigante do autosserviço alimentar brasileiro, o GPA tem a inovação como parte de sua cultura interna. "Para os próximos meses e ano, nosso objetivo é seguir fomentando a transformação digital em nossa companhia e oferecer, cada vez mais, tecnologias que aprimorem os nossos processos internos e também que ofereçam novidades do mercado aos nossos clientes, com obsessão por oferecer a melhor experiência de compra", afirma Laurent Maurice Cadillat, Executive Director of Customer, Data & E.Business.
Em um dos exemplos recentes no intuito de cada vez mais consolidar essa cultura digital, a área de Inovação do GPA criou uma rede interna de embaixadores de inovação, chamada de Innovation Network. O programa consiste em profissionais de todos os departamentos da companhia que formam uma rede de inovação para investigar possibilidades de disrupção em todos os processos. "É importante lembrar, a inovação não se restringe ao que o consumidor vê, podendo estar em todos os lugares”, destaca o executivo.
Dentre as novidades para este ano, está prevista a criação do marketplace, o primeiro do Brasil exclusivamente no segmento de e-commerce alimentar. "Também temos previsto o lançamento de Stix , o primeiro programa de coalizão brasileira com varejistas de abrangência nacional (GPA e Raia Drogasil). Por sermos um negócio de muita frequência e geração de dados, essas alavancas irão nos possibilitar cada vez mais oferecer jornadas e benefícios ultra personalizados para os clientes que comprarem dentro de nosso ecossistema", acredita o executivo.
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