Foto: Divulgação

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)  mostra que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) ficou em 79,5 pontos no mês passado, o maior patamar desde maio de 2020, quando atingiu 81,7 pontos. O levantamento mostra que a intenção de maior consumo entre os brasileiros cresce há cerca de cinco meses.

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O resultado reflete a boa percepção em relação ao mercado de trabalho no país, a estabilidade financeira da população para os próximos meses, o acesso ao crédito e a renda atual. A população com menor renda aparece como a que espera voltar a consumir com mais freqüência. 

Entre as famílias que ganham até dez salários mínimos, a intenção de consumo apresentou alta de 4,8% ante abril e foi a mais expressiva. Já na população com renda superior a dez salários mínimo, o crescimento foi menos, de 2,8% no período. 

Quando considerado as regiões, o Norte se destaca pela menor intenção de consumo em maio, de 62,3 pontos. Enquanto Sul e Sudeste são destaques positivos, com 81,7 e 85,7 pontos, respectivamente. 

O estudo mostra ainda que mesmo o número sendo o maior em dois anos, ele ainda está abaixo para todas as faixas de renda e regiões no Brasil. De acordo com a CNC, qualquer valor abaixo de 100 pontos significa um resultado menor das expectativas para uma economia aquecida.

A pontuação é influenciada pela crescente inflação e escalada da taxa de juros, que afeta o poder de compra das famílias brasileiras, segundo o levantamento.

“Analisando a pesquisa, podemos dizer que a percepção sobre o mercado de trabalho melhorou, mas acho que não podemos dizer que estamos em um mercado de trabalho aquecido, isso não procede. O mercado de trabalho parou de piorar e isso acabou melhorando a percepção das pessoas”, avalia o professor e economista do Ibmec, Christiano Arrigoni.

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