Pesquisa mostra que 185 redes têm potencial para fusões e aquisições

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Reportagem SA+ -

O estudo considerou supermercados e atacados com faturamento anual acima de R$ 300 milhões

Foto: Stock Adobe

Pesquisa realizada pela Hand - assessoria especializada em fusões e aquisições -  mostra que pelos menos 479 empresas familiares do varejo brasileiro têm potencial para receber aportes de fundos de investimento ou passar por um processo de M&A (fusões e aquisições). Desse total, 185 são redes de supermercados e atacados com faturamento anual acima de R$ 300 milhões. 

De acordo com José Venancio, sócio da Hand e responsável pelos novos negócios da empresa, o mercado doméstico brasileiro reúne condições únicas no âmbito mundial. Nem mesmo a complexidade de se empresariar no Brasil consegue frear as oportunidades. “Vivemos em um país continental e com uma fragmentação incrível de empresas nos subsetores varejistas. Além disso, os negócios familiares enfrentam uma onda de sucessão e profissionalização das suas operações, pontos que aproximam essas empresas de um potencial aporte, incorporação ou fusão”, analisa.

As empresas supermercadistas foram subdivididas com base no porte da companhia, com três classificações: as maiores empresas (receita acima de R$ 1 bilhão), as médias (receita entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão) e as menores (receita entre R$ 300 milhões e R$ 500 milhões). As menores têm em média 11 lojas, enquanto as redes de médio porte, 18, e as maiores, 37. A rede com a maior quantidade de lojas possui 145 unidades.

Partimos de uma relação inicial com mais de 5 milhões de empresas, entre redes varejistas, supermercados e atacados. Após o processo de triagem das faixas de receita, foram 1.751 companhias analisadas. A partir daí foram excluídas as associações, cooperativas e fundações, bem como as empresas que já participaram de ao menos uma transação de fusão e aquisição anteriormente”, explica Marcos Andrade, atual conselheiro da Hand e empreendedor com atuação destacada no varejo, que participou da pesquisa.

Andrade ainda destaca o potencial do setor. De acordo com ele, a concentração de mercado é um bom termômetro de maturidade e concorrência de um segmento, mas no varejo brasileiro ainda é baixa. “Há muito espaço para consolidações e as grandes empresas do setor estão ligadas nisso”, analisa.

Pesquisa da Gouvêa Consulting mostra que a participação média dos cinco maiores varejistas brasileiros passou de 22%, em 2005, para 28,7%, em 2019. O setor mais concentrado é o de bens duráveis, com 47,1%, seguido por supermercados (34,4%) e farmácias (22,9%).

“Como comparação, podemos pensar no competitivo e maduro mercado de supermercados na Inglaterra, que tem um índice de 66% de concentração, conforme o levantamento de 2022 da Statista. Esse quadro evidencia a avenida de oportunidades na consolidação de diversos setores do varejo”, conclui.

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Fonte: Mercado e Consumo

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