Foto: Stock Adobe

As novas gerações ainda enfrentam dificuldades para promover mudanças nas empresas familiares, mesmo estando atenta a temas que vem ganhando destaque no mundo corporativo, como a expansão de novos setores, novas tecnologias e a pauta da vez, o ESG. Isso é o que mostra a pesquisa NextGen sobre sucessão familiar e conduzida pela empresa de consultoria e auditoria PwC, que ouviu 1.306 companhias em todo o mundo.

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Embora a nova geração queira promover mudanças na gestão das empresas, mais de um terço desses novos líderes afirma se deparar com certa resistência às transformações nas corporações. Para Helena Rocha, sócia da PwC Brasil, estar preparado para a sucessão na prática é algo sobre o qual raramente se fala e, na ausência dessa discussão, muitos herdeiros acreditam que devem seguir o exemplo das gerações anteriores, em vez de forjar um caminho diferente. De acordo com ela, isso explica o porquê da convicção dos futuros líderes de que, apesar de o ESG estar vinculado ao crescimento, ainda não tenha sido traduzida em ação.

O levantamento mostrou ainda que entre as mulheres ouvidas, apenas 43% acreditam que podem ocupar cargos de liderança, enquanto 59% dos homens afirmam ter condições para assumir essa posição. Sobre a necessidade de mais entendimento sobre os negócios, as mulheres também são maioria, 25%, enquanto apenas 13% dos homens avaliam que precisam de um maior entendimento. Ao mesmo tempo, 35% das mulheres percebem que há uma expectativa maior de que os homens sejam responsáveis pela administração das organizações.

Para Helena, se as empresas familiares estão em busca de resultados rápidos na ampliação da diversidade de seu pensamento, elas devem começar analisando o papel dos gêneros. Ela ressalta ainda que as mulheres, assim como os homens, enxergam o crescimento dos negócios como prioridade máxima, mas estão ligeiramente mais preocupadas com os aspectos ESG.

Um dos principais desafios que os novos líderes enfrentarão nos próximos anos ao comandar as empresas, segundo a executiva, reside na aquisição do direito de alterar o status quo. Ela pondera que conquistar a confiança da geração atual e demonstrar que o negócio vai prosperar sob seu comando exigirá trabalho.

De acordo com Helena, para manter a estabilidade e alcançar o crescimento, os novos líderes terão de superar limites e desafiar mentalidades arraigadas dentro das companhias. Nesse sentido, ela aconselha os herdeiros a formular e negociar contratos geracionais.

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