Novos clientes e varejistas na venda online: rede cria e-commerce em cinco dias

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Alessandra Morita - alessandra.morita@savarejo.com.br -

Compras de alimentos e bebidas são uma das principais tendências. Necessidade imposta pela quarentena pode ser impulsionador do e-commerce desses produtos no futuro

A quarentena desencadeada como forma de conter a contaminação por Covid-19 tem acelerado a entrada de novos consumidores na compra online de alimentos. Se os varejistas sanarem rapidamente os problemas de entrega, que têm se multiplicado nos últimos dias, e garantirem uma experiência melhor ao consumidor, poderá ser um novo impulso a esse modelo de negócio. A participação do segmento de alimentos, bebidas atingiu 7% entre 19/03 e 25/03, contra os 5% registrados do início do ano até o começo de março (dados Ebit/Nielsen ). 

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Como resposta ao cliente, redes regionais começam a se organizar para entrar num mercado que muitas delas não cogitavam. E mais: já há exemplos de varejistas que não atuavam com a venda online e conseguiram colocar desengavetar projetos rapidamente. É o caso do Super Bom, do Rio de Janeiro, que colocou seu e-commerce no ar em apenas cinco dias

Lucas Barcelos, gerente executivo do Super Bom , 13 lojas no Rio de Janeiro, conta que o projeto foi desenhado no ano passado e que o objetivo era iniciar a operação em maio deste ano, tendo a solução totalmente implementada em seis meses. Segundo ele, a implantação foi acelerada diante da necessidade de, primeiramente, proteger os funcionários e os clientes, em especial os do grupo de risco. 

Além disso, ele também acredita que muitas pessoas que estão experimentando a compra de alimentos online em função da Covid-19 manterão esse comportamento no futuro. “Por mais difícil que sejam, grandes crises, guerras etc., levam a mudanças de hábitos de compra. E não há dúvidas de que o que estamos vivendo agora é um impulsionador do e-commerce no segmento alimentar. E isso não tem mais volta”, avalia. 

A tecnologia utilizada no Super Bom em Casa foi desenvolvida por um fornecedor da cidade de Campos, onde fica a sede da varejista. “Trabalhamos dia e noite, pois não tínhamos plataforma, fotos do produtos, nada. Montamos tudo do zero”, conta Barcelos. “Ainda temos muitos ajustes a serem feitos, que deverão ficar prontos em um mês”, acrescenta. Serão necessários, por exemplo, melhorias na navegação e na forma de pagamento. Hoje, eles não estão sendo feitos diretamente no portal, mas na maquininha, na casa do consumidor. 

Desde que entrou no ar na sexta-feira (27/03), o site tem atingido uma média de 83 pedidos por dia. “Estamos deixando a plataforma aberta somente das 8h00 às 17h00. No dia em que deixamos direto, passamos de 100 pedidos, o que dificulta fazer as entregas em 24 horas, como estamos nos propondo”, diz o gerente executivo da rede. 

Números da venda online de alimentos
Segundo o Ebit/Nielsen, a quantidade de novos clientes no autosserviço vem crescendo com maior força desde o dia 14/03, quando a alta foi de 17%. O pico de aumento se deu nos dias 20 e 22/03, com crescimento de 23%. 


Fonte: Ebit/Nielsen

Já o tíquete médio tem registrado algumas oscilações, mas sempre acima de R$ 400. Veja como foi semana a semana:
30/01 a 05/02: R$ 414
06/02 a 12/02: R$ 422
13/02 a 19/02: R$ 420
20/02 a 26/02: R$ 410
27/02 a 04/03: R$ 413
05/03 a 11/03: R$ 427
12/03 a 18/03: R$ 439
19/03 a 25/03: R$ 417

O prazo de entrega, por sua vez, tem se tornado o grande gargalo, contribuindo para uma experiência ruim. No segmento de alimentos e bebidas, na última semana analisada pelo Ebit/Nielsen (19 a 25/03), aumentou 4 vezes, atingindo 19 dias, na média. 

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