Nestlé luta contra queda na demanda no Brasil

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Reportagem SA+ -

Cenário tem sido desafiador para a companhia em toda a América Latina

Enquanto as vendas globais da Nestlé crescem 2%, na América Latina a companhia registrou queda de 2,9% entre janeiro e setembro de 2018. Esse desaquecimento na demanda impossibilita reajuste de preços na região por parte da empresa com sede na Suíça.

"A América está se recuperando de uma crise importante, que bateu duro, especialmente no Brasil", afirmou ao jornal Valor Econômico Laurent Freixe, presidente da Nestlé para as Américas. A companhia lida na região, segundo o executivo, com consumo desaquecido e alguns casos de deflação de preços. Mesmo nos EUA, o ritmo de crescimento da renda da população é menor do que há dez anos, o que ainda limita maiores avanços no consumo.

Para melhorar seu desempenho nas Américas, a empresa não aposta apenas em avanços na economia da região. A Nestlé tem investido para se tornar mais competitiva. Por exemplo, concentrando seus esforços em negócios nos quais a empresa tenha capacidade de crescer e ser forte, além de acelerar investimentos em novos produtos e buscar novas maneiras de apresentar as novidades aos consumidores.

Uma das iniciativas tomadas no ano passado foi a de vender a operação de confeitos nos EUA para a italiana Ferrero Rocher. "Tínhamos somente 4% do mercado, a quarta companhia do setor, um negócio pequeno e com ativos velhos. A conclusão é que não tínhamos capacidade para ganhar mercado", analisa Freixe. Bem diferente do que ocorre no Brasil, onde a Nestlé é lider no segmento e conta com operação forte, que continuará a todo vapor.

Outra ação importante da Nestlé nas Américas foi a decisão de aumentar o orçamento para investir.  Nos últimos três anos a companhia destinou 20% mais do que nos três anos anteriores. O montante também contemplou aquisições, fsobretudo nos segmentos de alimentos para animais de estimação e café, em países como Brasil, Chile e México.

Produtos mais naturais

A Nestlé também aposta na tendência global de busca por produtos naturais e de valorização, por parte dos consumidores, de aspectos como transparência e conhecimento sobre a origem dos produtos."Estamos tentando simplificar nossas receitas e usar ingredientes que o consumidor conhece e entende", afirma o presidente da Nestlé para as Américas. No Brasil, a empresa já adota desde o ano passado em produtos como achocolatado, leite loinga vida e temperos o conceito de "clean label", ou seja, de rótulo limpo em que o consumidor conhece os ingredientes da fórmula, em vez de encontrar diversos aditivos químicos sobre os quais tem pouca informação.

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Fonte: Valor Econômico

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