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18/06/2025
Índice de perdas no varejo alimentar cresceu mais de 50%
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 26/07/2023
Foto: Divulgação
A falta de abastecimento, furtos, roubos, quebras operacionais, erros humanos ou excesso de compras são alguns dos motivos que contribuem para a ocorrência de perdas no varejo. Segundo a nova Pesquisa de Prevenção de Perdas da Abrappe (Associação Brasileira de Prevenção de Perdas), desde o começo da pandemia até 2022 as perdas no varejo cresceram 23%. Nos supermercados as perdas não identificadas foram ainda mais expressivas, com um aumento de 52,54%.
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Segundo Leandro Rosadas, economista e especialista em gestão de mercados, essas perdas podem impactar o faturamento dos varejistas no final do mês. Por isso é necessário traçar estratégias que tenham como objetivo conter ao máximo o problema.
“Produtos de alto risco, como whisky, energéticos, vodka e protetor solar, merecem uma atenção especial, como por exemplo armazenagem em área controlada, monitoramento - circuito fechado de televisão, conferência detalhada e inventários rotativos mais frequentes”, afirma.
Além disso, para Rosadas, outra estratégia que pode ser aplicada são os treinamentos de equipe. Nesses, todos os funcionários recebem indicações de como agir para a prevenção de perdas. Dentre as ações que podem ser aplicadas o especialista destaca o oferecimento de carrinhos ou cestinha sempre que o funcionário identificar uma pessoa com um produto em mãos circulando pela loja.
“Se o funcionário desconfiar que algum cliente tenha pegado e escondido algum produto em seus pertences a abordagem deve ser muito delicada. O funcionário deve se aproximar e perguntar se ele (o cliente) procura algo em especial ou se está precisando de ajuda. Abordagens como essa fazem a diferença”, comenta.
Algo que também pode ser aplicado é o investimento em tecnologias de segurança como um CFTV (circuito fechado de câmeras) e etiquetas eletrônicas em produtos que normalmente são mais furtados como pilhas, bebidas alcoólicas e lâminas de barbear. “Para supermercados maiores que têm seguranças, vale investir nas chamadas ‘bodycam’, câmeras instaladas nos uniformes dos seguranças. O Carrefour e Atacadão já utilizam essa tecnologia”, comenta Rosadas.
Há também outros recursos como alarmes de acesso, coletor dados para realização de inventário, rádios comunicadores, solução de monitoramento de frente de caixa, cofre inteligente, rastreamento e monitoramento de frota, sistema de registro de ocorrência, sistema de controle de acesso de terceiros e botão de pânico com alarme para central de segurança externa.
Por fim, o economista pontua a importância de supervisionar as iniciativas de prevenção como, por exemplo, com funcionários para fiscalização que ficariam responsáveis por monitorar e combater desperdícios de produtos, implementar melhorias semanais visando a redução no descarte de mercadorias, verificar diariamente a temperatura dos equipamentos de refrigeração, condições de armazenamento e exposição adequada dos produtos e apresentar relatórios para possibilitar a melhoria contínua na redução de perdas.
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